A oportunidade perdida do CDS-PP
Quando pensamos no que tem sido a vida política portuguesa destes anos mais recentes, no vasto espaço aberto à direita pela consolidação do socratismo e pelas sucessivas crises e permanente desorientação do PSD, é impossível não reparar no falhanço estrondoso do CDS/PP - que em vez de se agigantar optou por se afundar.
André Azevedo Alves constata os factos, e prepara o obituário:
"O contexto político dos últimos anos constituiu uma oportunidade sem precedentes para o crescimento do CDS-PP. Com um governo de maioria absoluta socialista e a notória fraqueza (programática, táctica e comunicacional) das mais recentes lideranças do PSD, o CDS-PP poderia e deveria aspirar a estar actualmente com resultados entre 15% a 20% nas sondagens. Ao invés, é a extrema-esquerda que cresce e o CDS não descola de resultados confrangedores na casa dos 5 %. "
Com este panorama, seria de esperar que os responsáveis do CDS/PP se sentissem obrigados a dar explicações, ou que os militantes do partido aparecessem a exigi-las. Mas nem isso, que seria uma derradeira esperança, porque prova de vida, se vislumbra no horizonte. Todos descansam em paz.
3 Comments:
O CDS de Paulo Portas está muito comprometido com o sistema, por razões algumas delas inconfessáveis. A estratégia do garrote cultural que pretendia unir a esquerda e a direita só prejudica a direita. É preciso que as pessoas não se esqueçam que não existe política sem cultura.
Houve um idiota, uma rolha a vaguear na nossa pol�tica, um tal Freitas do Amaral que tive o azar de suportar � mesa ao meu lado, antes do assassinato de S� Carneiro e Manuel Amaro da Costa, e que, um belo dia, na televis�o, depois do assassinato, disse alto e bom som para quem o quis ouvir, que o CDS era - era?! - um partido rigorosamente ao centro.
O Manuel foi meu colega e conhecia-o bastante bem; o M�rio S� Carneiro tornou-se - suponho - meu amigo ap�s o conhecer num dos est�pidos v�os da TAP de Paris para Lisboa.
Deu-me a conhecer a sua liga�o a Snu que foi minha amiga desde (quase) sempre.
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O CDS n�o tem, nunca teve, uma ponta por onde se lhe pegue.
Nuno
Parece que o texto saiu mal.
Repito:
Houve um idiota, uma rolha a vaguear na nossa poltica, um tal Freitas do Amaral que tive o azar de suportar mesa ao meu lado, antes do assassinato de Sá Carneiro e Manuel Amaro da Costa, e que, um belo dia, na televisão, depois do assassinato, disse alto e bom som para quem o quis ouvir, que o CDS era - era?! - um partido rigorosamente ao centro.
O Manuel foi meu colega e conhecia-o bastante bem; o Mário S Carneiro tornou-se - suponho - meu amigo após o conhecer num dos estúpidos vos da TAP, sempre atrasados de horas, de Paris para Lisboa.
Deu-me a conhecer a sua ligação com a Snu que foi minha amiga desde (quase) sempre.
Tive o privilégio de jantar com ele (eles...) várias vezes - ou de tomar um simples café - e de, de certo modo, estar por dentro das suas intenções.
O CDS não tem, nunca teve, uma ponta por onde se lhe pegue.
Nuno
7:46 AM
Nuno
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