terça-feira, junho 24, 2008

Outro postal, amarelecido, de Madrid

A net está cheia de Javier Barraycoa.
"El hombre bueno por naturaleza de Rousseau, se mea y caga encima."
"El 100% de los no fumadores también muere."
De Madrid, lembro-me de Javier como um jovem discreto, onde se notava alguma timidez. Tinha prestígio entre os do seu grupo, estudantes como ele, que conheciam o seu valor, mas não tinha conquistado ainda o à vontade e a segurança que parece denotar agora.
A inteligência e a perspicácia sentiam-se mais na capacidade de observação e de síntese.
Tinha uma cara que me lembrava Mário Laginha, que eu tinha conhecido algum tempo antes em Lisboa (um estudante de piano muito promissor, encarado com admiração pelos confrades).
Pois o jovem Don Javier prosseguiu a sua carreira na Catalunha, de onde tinha vindo, e ao que vejo faz furor até em terras de França e Navarra. São livros, artigos, conferências, uma actividade transbordante.
E ganhou um lugar na academia. Entre as frases míticas, esta espantosa apresentação: "Me llamo Javier Barraycoa. Mis amigos me llaman Javier. Ustedes pueden llamarme Dr. Barraycoa."
O que o tempo pode dar!

1 Comments:

At 8:00 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Talvez seja este o melhor local para este comentário:

No "post"
Como Joaquim Paço d'Arcos sentiu o 25 de Abril
houve um cretino que escreveu:

Tranquilos, una vez más. Portugal -afortunadamente- no será nunca España.
Siendo malo que los hijos de los portugueses murieran españoles hay cosas infinitamente peores. Como que mueran europeos. O musulmanes. O cosmopolitas.


E assinou um tal Rafael Castela Santos. Julgo tratar-se de um tonto ao serviço de uma pretensa "Igreja Tradicional" a qual considera hereges todos quantos não a seguem e, pelo palavreado, até pede a sua excomuinhão.
A questão é esta: por que carga de água temos de aturar um idiota que se cosidera espanhol - ou Castelhano - que, ainda por cima não tem a frontalidade de responder quando é questionado?
Se calhar faz parte, ou é descendente, dos grupos de invasores que aqui quiseram entrar e foram corridos com uma mão à frente e outra atrás, rabinho entre as pernas.
Certo é que anda por cá a tentar espalhar a confusão.
Como certo é, também, que Portugal nunca foi nem será Espanha. Bem ao contrário, se tivéssemos tido essa vontade, Espanha seria hoje uma das nossas províncias e, se insistirem muito - e desde que arrumemos de vez os socialistas... - vamos lá arrebanhar o que pertence à Lusitânia, com Olivença e as praças do Norte de África incluidas.

Nuno

 

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