Para que serve este jornalismo?
Abro o "Expresso" electrónico e sou surpreendido com um título: "Alegre surpreende a esquerda". Leio, curioso de saber qual seja a surpresa, e fico a saber que, segundo o articulista, "Manuel Alegre surpreendeu os presentes no Teatro da Trindade com um discurso inflamado de condenação da política do governo PS".
Nem mais nem menos: um discurso pré-anunciado, longamente, por todos os meios de amplificação à disposição dos promotores, uma semana inteira a rufar os tambores à procura do clímax emocional desejado, uma coisa analisada e dissecada até à exaustão por todos os comentadores, e o principal semanário português faz primeira página a dizer que foi uma surpresa. Não sei de onde terão vindo os "presentes no Teatro da Trindade", e o jornalista redactor desta acta, se da Lua se de Marte.
Uma peça destas lembra uma encenação de récita escolar: agora eu faço que surpreendo, agora vocês fazem-se de surpreendidos, depois eles escrevem a dizer que foi uma surpresa... Ou talvez um ensaio daqueles programas de televisão com público ao vivo: quando eu levantar este cartaz riem-se muito, quando levantar este batem todos palmas, quando fizer sinal ficam todos muito surpreendidos...
Um espanto. Confesso a minha ingenuidade, mas ainda me surpreendo.
Nota: eu penso que os portugueses que estão desempregados e passam dificuldades merecem a nossa preocupação e a nossa solidariedade. Duvido é que tenha legitimidade para dizer isso um figurão que desde há décadas tem todas as responsabilidades políticas na situação, e vive à grande com uma choruda reforma que abichou por via de um cargo que nunca exerceu e que acumula desavergonhadamente com os privilégios próprios de um dos mais elevados cargos do Estado a que isto chegou.
Nem mais nem menos: um discurso pré-anunciado, longamente, por todos os meios de amplificação à disposição dos promotores, uma semana inteira a rufar os tambores à procura do clímax emocional desejado, uma coisa analisada e dissecada até à exaustão por todos os comentadores, e o principal semanário português faz primeira página a dizer que foi uma surpresa. Não sei de onde terão vindo os "presentes no Teatro da Trindade", e o jornalista redactor desta acta, se da Lua se de Marte.
Uma peça destas lembra uma encenação de récita escolar: agora eu faço que surpreendo, agora vocês fazem-se de surpreendidos, depois eles escrevem a dizer que foi uma surpresa... Ou talvez um ensaio daqueles programas de televisão com público ao vivo: quando eu levantar este cartaz riem-se muito, quando levantar este batem todos palmas, quando fizer sinal ficam todos muito surpreendidos...
Um espanto. Confesso a minha ingenuidade, mas ainda me surpreendo.
Nota: eu penso que os portugueses que estão desempregados e passam dificuldades merecem a nossa preocupação e a nossa solidariedade. Duvido é que tenha legitimidade para dizer isso um figurão que desde há décadas tem todas as responsabilidades políticas na situação, e vive à grande com uma choruda reforma que abichou por via de um cargo que nunca exerceu e que acumula desavergonhadamente com os privilégios próprios de um dos mais elevados cargos do Estado a que isto chegou.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home