O Presidente Negro
Monteiro Lobato é certamente muito mais popular como o criador do "Sítio do Picapau Amarelo", além de muitos outros trabalhos de literatura infantil, mas escreveu obra bem mais perturbadora.
Em 1926, publicou, depois de o haver escrito especialmente para o público americano, um romance de antecipação futurista - "O Presidente Negro ou O Choque das Raças: romance americano do ano 2228".
O enredo toma como ponto de partida a corrida eleitoral para a presidência dos Estados Unidos no ano de 2228, quando as divisões dentro do eleitorado branco, protagonizadas por um candidato branco conservador e uma candidata feminista, conduzem à vitória insólita do candidato negro, Jim Roy, e à sua transformação no 88º presidente americano.
Depois, bem... Depois, segue-se o resto.
Com traços de ficção científica e exercícios de futurologia, de mistura com muita especulação racialista (brancos e negros engalfinham-se na América, os amarelos dominam a Europa...) o romance nunca logrou ultrapassar o embaraço dos temas. Escaldantes eram, já então, mas em vez da esperada glória, e dos êxitos de vendas, o que isso trouxe foi antes as inibições e os interditos.
Setenta e tal anos depois, suspeita-se que chegou a hora de Monteiro Lobato. Quanto mais não seja, o candidato Obama pode ao menos garantir um bom punhado de dólares aos novos editores de "O Presidente Negro".
Em 1926, publicou, depois de o haver escrito especialmente para o público americano, um romance de antecipação futurista - "O Presidente Negro ou O Choque das Raças: romance americano do ano 2228".
O enredo toma como ponto de partida a corrida eleitoral para a presidência dos Estados Unidos no ano de 2228, quando as divisões dentro do eleitorado branco, protagonizadas por um candidato branco conservador e uma candidata feminista, conduzem à vitória insólita do candidato negro, Jim Roy, e à sua transformação no 88º presidente americano.
Depois, bem... Depois, segue-se o resto.
Com traços de ficção científica e exercícios de futurologia, de mistura com muita especulação racialista (brancos e negros engalfinham-se na América, os amarelos dominam a Europa...) o romance nunca logrou ultrapassar o embaraço dos temas. Escaldantes eram, já então, mas em vez da esperada glória, e dos êxitos de vendas, o que isso trouxe foi antes as inibições e os interditos.
Setenta e tal anos depois, suspeita-se que chegou a hora de Monteiro Lobato. Quanto mais não seja, o candidato Obama pode ao menos garantir um bom punhado de dólares aos novos editores de "O Presidente Negro".
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