Obama: de que cor será o futuro?
Obama é demasiado preto para alguns, e demasiado branco para outros. Talvez por isso venha a perder as eleições, ao não conseguir mobilizar suficientemente os votos de alguns que o queriam mais preto nem ultrapassar as resistências de outros que o vêem preto demais. Para ganhar precisa de convencer sectores numericamente representativos de ambos os grupos.
O evoluir das sondagens dá conta de dificuldades acrescidas, que parecem acentuar-se com o decorrer do tempo. Pessoalmente, não fiquei surpreendido. Se é certo que por vezes os eleitorados correm atrás do que lhes surge como novo e diferente, não é menos verdade que frequentemente preferem a segurança do que já conhecem. Numa campanha tão longa como as presidenciais americanas, o efeito sedutor das novidades tende a diluir-se.
Nesta linha de raciocínio o candidato McCain terá sempre vantagem. Dele sabe-se o que se pode esperar, não deixa espaço a grandes incógnitas ou incertezas. É o candidato seguro da continuidade. Para mim, só poderá haver surpresa se ele perder.
Obama não se sabe o que viria a ser. Discordo frontalmente da opinião que tem vindo a vulgarizar-se de que com a eleição de Obama para Presidente dos EUA nada aconteceria de políticamente relevante e significativo. Vejo bem que ele próprio se tem esforçado por banalizar essa perspectiva, numa clara estratégia de dissipar receios e crispações (o que também pode estar a ter o efeito indesejado de desmobilizar entusiasmos). Porém, as realidades por vezes não dependem das vontades, nem dos próprios protagonistas dos acontecimentos. E a mim me parece que a posse de Obama como presidente da América seria sem dúvida um daqueles acontecimentos a que não é possível antecipadamente definir alcance e desenvolvimentos - mas dos quais tudo se pode esperar, mesmo o que ninguém espera.
O destino próximo da candidatura Obama pode começar a antever-se com o anúncio do candidato a Vice-presidente, aguardado para breve, com grande expectativa. Mas só com mais tempo será possível responder às interrogações que me motivaram este escrito.
Até pode acontecer que o "fenómeno Obama" venha a esvaziar-se e a desaparecer sem deixar rasto que se veja. A hipótese contrária é que justifica a especulação: podemos estar à beira de assistir a acontecimentos históricos de primeira grandeza, e permanecemos para aqui indiferentes e distraídos a dizer que não se passa nada.
O evoluir das sondagens dá conta de dificuldades acrescidas, que parecem acentuar-se com o decorrer do tempo. Pessoalmente, não fiquei surpreendido. Se é certo que por vezes os eleitorados correm atrás do que lhes surge como novo e diferente, não é menos verdade que frequentemente preferem a segurança do que já conhecem. Numa campanha tão longa como as presidenciais americanas, o efeito sedutor das novidades tende a diluir-se.
Nesta linha de raciocínio o candidato McCain terá sempre vantagem. Dele sabe-se o que se pode esperar, não deixa espaço a grandes incógnitas ou incertezas. É o candidato seguro da continuidade. Para mim, só poderá haver surpresa se ele perder.
Obama não se sabe o que viria a ser. Discordo frontalmente da opinião que tem vindo a vulgarizar-se de que com a eleição de Obama para Presidente dos EUA nada aconteceria de políticamente relevante e significativo. Vejo bem que ele próprio se tem esforçado por banalizar essa perspectiva, numa clara estratégia de dissipar receios e crispações (o que também pode estar a ter o efeito indesejado de desmobilizar entusiasmos). Porém, as realidades por vezes não dependem das vontades, nem dos próprios protagonistas dos acontecimentos. E a mim me parece que a posse de Obama como presidente da América seria sem dúvida um daqueles acontecimentos a que não é possível antecipadamente definir alcance e desenvolvimentos - mas dos quais tudo se pode esperar, mesmo o que ninguém espera.
O destino próximo da candidatura Obama pode começar a antever-se com o anúncio do candidato a Vice-presidente, aguardado para breve, com grande expectativa. Mas só com mais tempo será possível responder às interrogações que me motivaram este escrito.
Até pode acontecer que o "fenómeno Obama" venha a esvaziar-se e a desaparecer sem deixar rasto que se veja. A hipótese contrária é que justifica a especulação: podemos estar à beira de assistir a acontecimentos históricos de primeira grandeza, e permanecemos para aqui indiferentes e distraídos a dizer que não se passa nada.
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