Nonas, sempre de serviço à blogosfera
Nonas é nome de blogue e nome de bloguista. Já era do bloguista antes de ser do blogue. O blogue só nasceu após muitas e variadas insistências, entre as quais deste que aqui vos fala. Antes disso, porém, e muito antes, já o Nonas era visita diária, e constante colaborador deste espaço, com encorajamento e não só - que ninguém como ele ajudou na tarefa de o preencher. Pode apresentar-se o Nonas como o maior contribuinte para a permanente saturação das nossas caixas de correio - e isto desde há praticamente cinco anos. Não é dizer pouco. Aqui se deixa público manifesto de gratidão à permanente disponibilidade do Nonas.
E quanto ao blogue homónimo, o melhor é visitá-lo - e entrar decididamente no círculo de amigos do Nonas.
Nesta nossa casa vou então deixar a entrevista que (também) fiz ao Nonas.
1 - Há muito que se convencionou chamar à imprensa o quarto poder. Poderá a internet vir a ser o quinto?
- Não sei se a internet será, alguma vez, o quinto poder pela simples razão que não é controlável pelo Poder, salvo se aplicarem a expectável lei de Delito de Opinião ao abrigo do dogma da liberdade de expressão.
Assim, a Imprensa é controlada política e economicamente pelos grandes grupos económicos que criam e formam a opinião das pessoas, sob a capa dessa abstracção chamada Opinião Pública, que não é mais do que opinião publicada pelos “grandes comentadores” e “comentadores de referência”.
Na internet, tal já não acontece embora sejam conhecidas as tentativas de proibição de sítios (sites) ou de blogues como foi o caso do "Portugal Profundo". Sabemos que existe a vigilância policial da chamada blogosfera nacional.
A internet é um mundo controlável e gerido pelos satélites de comunicação mas que poderá tornar-se incontrolável.
2 - O Nonas andou muito tempo pela blogosfera como observador e comentador, até passar a ter o seu próprio blogue. Valeu a pena?
- Quero crer que sim, porque acredito que quando se planta uma semente ela vai germinar desde que se regue a mesma.
A criação do blogue deveu-se a pressões de alguns bloguistas com quem tenho uma profunda e inabalável amizade e que me criticavam por ficar apenas no comodíssimo papel de comentador. Posso confidenciar que o Nonas foi criado em dois minutos pelo BOS, em minha casa, após mais uma curta e simples pressão de cerca de meia hora.
Na verdade, naquela altura, não tinha tempo para abrir mais uma trincheira e hoje vejo-me em grandes dificuldades para a ocupar honrada e dignamente porque o nosso ideário assim o exige, devido à enorme falta de tempo.
Cá estou e continuarei enquanto tal me for possível até ao (i)limite da minha força e vontade.
3 - No seu blogue tem sido visível a prioridade dada à cultura: livros, autores, arte e artistas... Pensa que o esvaziamento de referências culturais implica o esgotamento de uma área política?
- Sem dúvida! Aprendi com Gramsci e com Rodrigo Emílio que o combate cultural antecede o político. Ou se quiserem, o combate cultural deverá alinhar ao lado do combate político. Não é possível dissociar o Pensamento da Acção e vice-versa. Sem Pensamento não há Acção e isso já vem desde os tempos imemoriais do Monge-Guerreiro, que também foi uma das finalidades das escolas da Ordem SS.
A Pena e a Espada devem viver e conviver num só para a criação do homem total, ou homem totalitário, se preferirem! A tridimensionalidade Físico, Espírito e Alma têm de estar presentes, permanecentes e permanentes.
Exemplo histórico, entre nós, e que foi marcante quer para Salazar quer para o Estado deu-se quando meia dúzia de energúmenos anões, incultos e invejosos fizeram a mala a António Ferro e o despacharam - a alta velocidade – para Berna. Aí, Salazar perdeu o seu braço direito e esquerdo. Porque António Ferro, na felicíssima expressão do Rodrigo Emílio, era a vitamina do Estado Novo.
Essa gentinha que tinha vontade de ser gente e que era gente feita à pressa acabou por assumir o péssimo papel de Comissão Liquidatária do Estado Novo ao mutilarem o Estado Novo da sua componente estética e do magistério imaginativo e desvitaminarem o Estado Novo pela falta de Ferro. A solidez férrea do Estado Novo foi sendo corroída pela praga acéfala e subversiva do neo-realismo literário e político no qual ainda hoje permanece ditatorialmente, tendo como cereja no topo do bolo, Saramago como Prémio Nobel.
A ditamole política do Estado Novo passou a conviver com a ditadura cultural da esquerda e foi a tragédia que se viu e que se vê!
4 - O Nonas é também um conhecedor do mercado editorial e livreiro. Há ainda lugar para uma pequena editora actuando à maneira tradicional?
Na minha simples e modesta opinião, há. Para tal bastam três coisas: vontade, dinheiro e obras. Obras a editar não faltam. De e sobre de autores portugueses como Afonso Lopes Vieira, Alexandre Herculano, Alfredo Pimenta, Almada Negreiros, Amândio César, António Corrêa de Oliveira, António Ferro, António José de Brito, António Sardinha, Caetano Beirão, Camilo Castelo Branco, Carlos Eduardo de Soveral, Eça de Queiroz, Esther de Lemos, Faustino José da Madre de Deos, Fernanda de Castro, Fernando Campos, Fernando Pessoa, Frei Fortunato de S. Boaventura, João Ameal, João Lúcio de Azevedo, José Acúrsio das Neves, Luis Vaz de Camões, Manuel Maria Múrias, Natércia Freire, Rodrigo Emílio, Tomaz de Figueiredo – para só citar estes autores nacionais.Se entrarmos no panorama internacional é outra arca sem fundo.O interessante e vergonhoso é serem editoras de esquerda a publicarem autores de direita porque sabem que o lucro é garantido. Alvos dessa aposta foram Abel Bonnard, Alain de Benoist, Alexis Carrel, Carl Schmitt, D. B Yeats, D. H. Lawrence, Ernst Junger, Ernest Renan, Ezra Pound, F. T. Marinetti, Friedrich Nietzsche, Gabriele d`Annunzio, Georges Bernanos, Giovanni Papini, Gottfried Benn, Gustave Le Bon, Heny de Montherlant, Konrad Lorenz, Knut Hamsun, J. R. Tolkien, Jacques Benoist-Méchin, Jacques Ploncard d`Assac, James Joyce, Jean Mabire, Jean Markalle, Jean Raspail, Julius Evola, L. F. Céline, Louis Rougier, Luigi Pirandello, Marcel Aymé, Martin Heidegger, Max Stirner, Mircea Eliade, Oswald Spengler, Otto Rahn, Pierre Drieu La Rochelle, Raymond Abellio, René Guénon, Richard Wagner, Robert Brasillach, Roger Nimier, T. S. Eliot, Saint-Loup, Saint-Paulien, Ugo Spirito, Vintila Horia, Yukio Mishima, Mussolini e Hitler. Então, um livro com Salazar, Hitler ou uma suástica na capa é êxito garantido!
E quanto ao blogue homónimo, o melhor é visitá-lo - e entrar decididamente no círculo de amigos do Nonas.
Nesta nossa casa vou então deixar a entrevista que (também) fiz ao Nonas.
1 - Há muito que se convencionou chamar à imprensa o quarto poder. Poderá a internet vir a ser o quinto?
- Não sei se a internet será, alguma vez, o quinto poder pela simples razão que não é controlável pelo Poder, salvo se aplicarem a expectável lei de Delito de Opinião ao abrigo do dogma da liberdade de expressão.
Assim, a Imprensa é controlada política e economicamente pelos grandes grupos económicos que criam e formam a opinião das pessoas, sob a capa dessa abstracção chamada Opinião Pública, que não é mais do que opinião publicada pelos “grandes comentadores” e “comentadores de referência”.
Na internet, tal já não acontece embora sejam conhecidas as tentativas de proibição de sítios (sites) ou de blogues como foi o caso do "Portugal Profundo". Sabemos que existe a vigilância policial da chamada blogosfera nacional.
A internet é um mundo controlável e gerido pelos satélites de comunicação mas que poderá tornar-se incontrolável.
2 - O Nonas andou muito tempo pela blogosfera como observador e comentador, até passar a ter o seu próprio blogue. Valeu a pena?
- Quero crer que sim, porque acredito que quando se planta uma semente ela vai germinar desde que se regue a mesma.
A criação do blogue deveu-se a pressões de alguns bloguistas com quem tenho uma profunda e inabalável amizade e que me criticavam por ficar apenas no comodíssimo papel de comentador. Posso confidenciar que o Nonas foi criado em dois minutos pelo BOS, em minha casa, após mais uma curta e simples pressão de cerca de meia hora.
Na verdade, naquela altura, não tinha tempo para abrir mais uma trincheira e hoje vejo-me em grandes dificuldades para a ocupar honrada e dignamente porque o nosso ideário assim o exige, devido à enorme falta de tempo.
Cá estou e continuarei enquanto tal me for possível até ao (i)limite da minha força e vontade.
3 - No seu blogue tem sido visível a prioridade dada à cultura: livros, autores, arte e artistas... Pensa que o esvaziamento de referências culturais implica o esgotamento de uma área política?
- Sem dúvida! Aprendi com Gramsci e com Rodrigo Emílio que o combate cultural antecede o político. Ou se quiserem, o combate cultural deverá alinhar ao lado do combate político. Não é possível dissociar o Pensamento da Acção e vice-versa. Sem Pensamento não há Acção e isso já vem desde os tempos imemoriais do Monge-Guerreiro, que também foi uma das finalidades das escolas da Ordem SS.
A Pena e a Espada devem viver e conviver num só para a criação do homem total, ou homem totalitário, se preferirem! A tridimensionalidade Físico, Espírito e Alma têm de estar presentes, permanecentes e permanentes.
Exemplo histórico, entre nós, e que foi marcante quer para Salazar quer para o Estado deu-se quando meia dúzia de energúmenos anões, incultos e invejosos fizeram a mala a António Ferro e o despacharam - a alta velocidade – para Berna. Aí, Salazar perdeu o seu braço direito e esquerdo. Porque António Ferro, na felicíssima expressão do Rodrigo Emílio, era a vitamina do Estado Novo.
Essa gentinha que tinha vontade de ser gente e que era gente feita à pressa acabou por assumir o péssimo papel de Comissão Liquidatária do Estado Novo ao mutilarem o Estado Novo da sua componente estética e do magistério imaginativo e desvitaminarem o Estado Novo pela falta de Ferro. A solidez férrea do Estado Novo foi sendo corroída pela praga acéfala e subversiva do neo-realismo literário e político no qual ainda hoje permanece ditatorialmente, tendo como cereja no topo do bolo, Saramago como Prémio Nobel.
A ditamole política do Estado Novo passou a conviver com a ditadura cultural da esquerda e foi a tragédia que se viu e que se vê!
4 - O Nonas é também um conhecedor do mercado editorial e livreiro. Há ainda lugar para uma pequena editora actuando à maneira tradicional?
Na minha simples e modesta opinião, há. Para tal bastam três coisas: vontade, dinheiro e obras. Obras a editar não faltam. De e sobre de autores portugueses como Afonso Lopes Vieira, Alexandre Herculano, Alfredo Pimenta, Almada Negreiros, Amândio César, António Corrêa de Oliveira, António Ferro, António José de Brito, António Sardinha, Caetano Beirão, Camilo Castelo Branco, Carlos Eduardo de Soveral, Eça de Queiroz, Esther de Lemos, Faustino José da Madre de Deos, Fernanda de Castro, Fernando Campos, Fernando Pessoa, Frei Fortunato de S. Boaventura, João Ameal, João Lúcio de Azevedo, José Acúrsio das Neves, Luis Vaz de Camões, Manuel Maria Múrias, Natércia Freire, Rodrigo Emílio, Tomaz de Figueiredo – para só citar estes autores nacionais.Se entrarmos no panorama internacional é outra arca sem fundo.O interessante e vergonhoso é serem editoras de esquerda a publicarem autores de direita porque sabem que o lucro é garantido. Alvos dessa aposta foram Abel Bonnard, Alain de Benoist, Alexis Carrel, Carl Schmitt, D. B Yeats, D. H. Lawrence, Ernst Junger, Ernest Renan, Ezra Pound, F. T. Marinetti, Friedrich Nietzsche, Gabriele d`Annunzio, Georges Bernanos, Giovanni Papini, Gottfried Benn, Gustave Le Bon, Heny de Montherlant, Konrad Lorenz, Knut Hamsun, J. R. Tolkien, Jacques Benoist-Méchin, Jacques Ploncard d`Assac, James Joyce, Jean Mabire, Jean Markalle, Jean Raspail, Julius Evola, L. F. Céline, Louis Rougier, Luigi Pirandello, Marcel Aymé, Martin Heidegger, Max Stirner, Mircea Eliade, Oswald Spengler, Otto Rahn, Pierre Drieu La Rochelle, Raymond Abellio, René Guénon, Richard Wagner, Robert Brasillach, Roger Nimier, T. S. Eliot, Saint-Loup, Saint-Paulien, Ugo Spirito, Vintila Horia, Yukio Mishima, Mussolini e Hitler. Então, um livro com Salazar, Hitler ou uma suástica na capa é êxito garantido!
5 - O que lhe parece que pode fazer-se na blogosfera nacional para optimizar o seu funcionamento numa lógica de melhoria do seu índice de penetração no mercado blogosférico global?
- Acima de tudo (re)criar e inovar numa perspectiva vanguardista com um recorte tradicional-revolucionário e de espírito nacional-universalista. Casos exemplares são o Inconformista e o Nova Frente.
Ter uma linguagem autêntica, simples e acertada que se identifique e se reveja no sentir do Povo é essencial.
E, acima de tudo, nunca transigir nem abdicar dos princípios em nome de pseudo-estratégias, pseudo-abrangências, pseudo-infiltrações e coisas (mal) parecidas.
6 - Entre nós é frequente encontrar grandes gargantas, que têm sempre opiniões, e a respeito de tudo, mas que resistem quanto podem a escrever o mais simples escrito. Será porque as palavras voam e os escritos ficam ("verba volant scripta manent")? Ou é só preguiça?
- Sou um adepto fidelíssimo da expressão: “palavras leva-as o vento”. Há que deixar escrito o que se verbaliza de forma oral. Acho que é muita preguiça mental que leva alguns a não porem por escrito o que dizem da boca para fora. E é pena…
Lembro-lhes sempre o que seria de nós se os nossos antepassados adoptassem a via do silêncio por escrito.
As gerações vindouras têm de saber que anteriormente houve uma plêiade de pensadores de um ideário a defender todos os segundos da nossa vida para além da morte. Foi essa chama que nos transmitiram e que devemos passar de geração em geração.
Parafraseando o Rodrigo Emílio, temos que nos bater “pelas armas, pelas artes, e por pensamentos, palavras e obras (literárias..., e não só.).”
7 - Já reparou que em nenhuma área se encontram egos tão inchados, e individualismo tão feroz, como entre muitos que proclamam o anti-individualismo, e teorizam transpersonalismos? Como se explicará esse notório antagonismo, neles, entre a sensibilidade e a razão?
- Nesta área encontram-se demasiados generais e chefes. Contam-se pelos dedos os soldados.
As faltas de humildade e de reconhecimento da incapacidade chegam a ser gritantes, salvo raras e honrosas excepções.
Ao não se reconhecerem esses defeitos não se está a praticar um acto de inteligência e está-se, inconscientemente, a servir o inimigo.
O primeiro passo para o sucesso está na formação cultural e doutrinária, seguidas de humildade - porque as celebérrimas frases de Sócrates (o grego, que não era engenheiro) “conhece-te a ti mesmo” e “só sei que nada sei” aplicam-se a todo o nosso ser - e finalmente termos a consciência do que somos e do que não somos capazes de fazer para sermos e termos “o homem certo no lugar certo.”
- Acima de tudo (re)criar e inovar numa perspectiva vanguardista com um recorte tradicional-revolucionário e de espírito nacional-universalista. Casos exemplares são o Inconformista e o Nova Frente.
Ter uma linguagem autêntica, simples e acertada que se identifique e se reveja no sentir do Povo é essencial.
E, acima de tudo, nunca transigir nem abdicar dos princípios em nome de pseudo-estratégias, pseudo-abrangências, pseudo-infiltrações e coisas (mal) parecidas.
6 - Entre nós é frequente encontrar grandes gargantas, que têm sempre opiniões, e a respeito de tudo, mas que resistem quanto podem a escrever o mais simples escrito. Será porque as palavras voam e os escritos ficam ("verba volant scripta manent")? Ou é só preguiça?
- Sou um adepto fidelíssimo da expressão: “palavras leva-as o vento”. Há que deixar escrito o que se verbaliza de forma oral. Acho que é muita preguiça mental que leva alguns a não porem por escrito o que dizem da boca para fora. E é pena…
Lembro-lhes sempre o que seria de nós se os nossos antepassados adoptassem a via do silêncio por escrito.
As gerações vindouras têm de saber que anteriormente houve uma plêiade de pensadores de um ideário a defender todos os segundos da nossa vida para além da morte. Foi essa chama que nos transmitiram e que devemos passar de geração em geração.
Parafraseando o Rodrigo Emílio, temos que nos bater “pelas armas, pelas artes, e por pensamentos, palavras e obras (literárias..., e não só.).”
7 - Já reparou que em nenhuma área se encontram egos tão inchados, e individualismo tão feroz, como entre muitos que proclamam o anti-individualismo, e teorizam transpersonalismos? Como se explicará esse notório antagonismo, neles, entre a sensibilidade e a razão?
- Nesta área encontram-se demasiados generais e chefes. Contam-se pelos dedos os soldados.
As faltas de humildade e de reconhecimento da incapacidade chegam a ser gritantes, salvo raras e honrosas excepções.
Ao não se reconhecerem esses defeitos não se está a praticar um acto de inteligência e está-se, inconscientemente, a servir o inimigo.
O primeiro passo para o sucesso está na formação cultural e doutrinária, seguidas de humildade - porque as celebérrimas frases de Sócrates (o grego, que não era engenheiro) “conhece-te a ti mesmo” e “só sei que nada sei” aplicam-se a todo o nosso ser - e finalmente termos a consciência do que somos e do que não somos capazes de fazer para sermos e termos “o homem certo no lugar certo.”
1 Comments:
Continuação de magníficas entrevistas. Parabéns a si e aos entrevistados.
Maria
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