Deputados "da Nação" ?
Novamente, um apontamento certeiro de Manuel António Pina:
Não sei qual foi a surpresa da dra. Manuela Ferreira Leite por 30 dos "seus" deputados (pois é das direcções partidárias que os deputados são, não "da Nação") terem faltado a uma votação. Pelos vistos, a líder do PSD não faz a mínima ideia daquilo em que se tornou a AR.
Não faltaram só os 30 do PSD; faltaram ainda 13 do PS, 3 do CDS, 1 do PCP e 1 de "Os Verdes". Numa sexta-feira véspera de fim-de-semana prolongado, até foram poucos. Se aos deputados (gente, essa sim, com privilégios) se aplicasse o modelo de avaliação dos professores, e também eles tivessem que definir objectivos individuais, ter intervenções assistidas e ser julgados pelos "resultados", quantos aprovariam? Dir-se-á que são julgados de 4 em 4 anos. Não são. No meio das listas partidárias todos os gatos (mais rigorosamente, todos os ratos) são pardos, e sabem lá os eleitores em quem votam. O único critério de avaliação a que um deputado está hoje sujeito é o da obediência acrítica. Um acto de honestidade intelectual e política como o dos 6 do PS que pensaram pela própria cabeça pode custar-lhes o lugar. Se não, veremos.
Não sei qual foi a surpresa da dra. Manuela Ferreira Leite por 30 dos "seus" deputados (pois é das direcções partidárias que os deputados são, não "da Nação") terem faltado a uma votação. Pelos vistos, a líder do PSD não faz a mínima ideia daquilo em que se tornou a AR.
Não faltaram só os 30 do PSD; faltaram ainda 13 do PS, 3 do CDS, 1 do PCP e 1 de "Os Verdes". Numa sexta-feira véspera de fim-de-semana prolongado, até foram poucos. Se aos deputados (gente, essa sim, com privilégios) se aplicasse o modelo de avaliação dos professores, e também eles tivessem que definir objectivos individuais, ter intervenções assistidas e ser julgados pelos "resultados", quantos aprovariam? Dir-se-á que são julgados de 4 em 4 anos. Não são. No meio das listas partidárias todos os gatos (mais rigorosamente, todos os ratos) são pardos, e sabem lá os eleitores em quem votam. O único critério de avaliação a que um deputado está hoje sujeito é o da obediência acrítica. Um acto de honestidade intelectual e política como o dos 6 do PS que pensaram pela própria cabeça pode custar-lhes o lugar. Se não, veremos.
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