As eleições europeias
As próximas eleições europeias, previstas para 7 de Junho, poderão ser um momento político decisivo para Portugal.
Difícil mesmo vai ser levar os eleitores às urnas, já que, por razões que nem vale a pena desenvolver, a grande tendência será a abstenção.
Por se saber isto mesmo, a relevância dos resultados para a vida política nacional e a forte atracção dos portugueses pela abstenção, é natural que surjam tentativas para as embrulhar noutras quaisquer, porque, obviamente, servidas de mistura com legislativas perderão grande parte da sua potencial importância.
A circunstância de serem as primeiras dá-lhes à partida forte poder para condicionar a evolução política posterior, nomeadamente as eleições que virão depois.
Raciocinemos pois sem contar com antecipações, apesar de se ouvirem já vozes de vários estrategas a apontar nesse sentido.
É possível que a abstenção castigue fortemente quem está no Governo, porque o descontentamento é geral. E também não parece improvável que penalize o PSD, porque não tem sido melhor oposição do que o PS tem sido Governo. Acresce que sendo Pacheco o candidato certamente Menezes não vota aí e sendo Menezes o candidato será Pacheco a não votar - pelo que de certeza não vai ser nenhum deles, e ainda pode acontecer que nenhum deles vote.
Sucedendo que o PS e o PSD, os condóminos do estado a que isto chegou, sejam os mais desfavorecidos pela forte abstenção, é matematicamente seguro que os outros lucram com isso. Pode beneficiar o BE, o PCP, e o CDS, se cada um deles conseguir arrastar ao voto uma parcela significativa de votantes - que avultará a mais pela existência do elevado nível de abstenção a atingir essencialmente o referido centrão.
Também se abrem janelas de oportunidade para projectos alternativos, para surpresas - num país onde há muito não há surpresas. Mas isto depende, evidentemente, de haver quem tenha unhas, porque sem elas não se toca viola. Faltam só 4 (quatro) meses, se repararem bem. Quem quiser ter sorte, tem que fazer por ela - mas terá que ser já.
Difícil mesmo vai ser levar os eleitores às urnas, já que, por razões que nem vale a pena desenvolver, a grande tendência será a abstenção.
Por se saber isto mesmo, a relevância dos resultados para a vida política nacional e a forte atracção dos portugueses pela abstenção, é natural que surjam tentativas para as embrulhar noutras quaisquer, porque, obviamente, servidas de mistura com legislativas perderão grande parte da sua potencial importância.
A circunstância de serem as primeiras dá-lhes à partida forte poder para condicionar a evolução política posterior, nomeadamente as eleições que virão depois.
Raciocinemos pois sem contar com antecipações, apesar de se ouvirem já vozes de vários estrategas a apontar nesse sentido.
É possível que a abstenção castigue fortemente quem está no Governo, porque o descontentamento é geral. E também não parece improvável que penalize o PSD, porque não tem sido melhor oposição do que o PS tem sido Governo. Acresce que sendo Pacheco o candidato certamente Menezes não vota aí e sendo Menezes o candidato será Pacheco a não votar - pelo que de certeza não vai ser nenhum deles, e ainda pode acontecer que nenhum deles vote.
Sucedendo que o PS e o PSD, os condóminos do estado a que isto chegou, sejam os mais desfavorecidos pela forte abstenção, é matematicamente seguro que os outros lucram com isso. Pode beneficiar o BE, o PCP, e o CDS, se cada um deles conseguir arrastar ao voto uma parcela significativa de votantes - que avultará a mais pela existência do elevado nível de abstenção a atingir essencialmente o referido centrão.
Também se abrem janelas de oportunidade para projectos alternativos, para surpresas - num país onde há muito não há surpresas. Mas isto depende, evidentemente, de haver quem tenha unhas, porque sem elas não se toca viola. Faltam só 4 (quatro) meses, se repararem bem. Quem quiser ter sorte, tem que fazer por ela - mas terá que ser já.
2 Comments:
Penso que a abstenção vai penalizar todos, ou quase todos, por igual. Excepção poderá ser, possivelmente, o PC. Mesmo relativamente ao PS, há muita gente não-PS e discordante que, apesar de tudo, quer à viva força reconduzir Sócrates, dado que consideram, neste momento de crise, ser mais prejudicial para o país uma transição de Poder.
Refiro-me, como se percebe, às Legislativas, e não às Europeias.
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