"Festa da Mocidade"
"Festa popular e festa da mocidade.
Nun´Álvares tinha 23 anos quando da revolução em Lisboa e 25 em Aljubarrota; D. João I, 25 ao ser proclamado defensor do reino e 27 na segunda daquelas datas. O estado maior do Condestável eram rapazes, de pouca idade, com o espírito aventuroso e irrequieto dos jovens, insofridos nas pelejas mas obedecendo cegamente ao chefe.
Com estes se fez a campanha e se assegurou a independência de Portugal.
Hoje como então se exige espírito novo para fazer a revolução nacional, e espírito novo é mais fácil encontrá-lo em novos que em velhos, ainda que haja velhos com mocidade de espírito, e moços gastos por interesses e preocupações que não costumam ser da sua idade. É porém essencial que o espírito da mocidade seja para nós formado na sentido da vocação histórica de Portugal, com os exemplos de que é fecunda a história, exemplos de sacrifícios, patriotismo, desinteresse, abnegação, valentia, sentimento de dignidade própria, respeito absoluto pela alheia. Facto cheio de ensinamentos é o comemorado hoje; homens que sirvam de exemplo para a nossa formação esses que, à volta de D. João I e do Condestável, batalharam e serviram e foram de tamanha estatura que futuros séculos de maravilhas não lhes tocaram nem os puderam diminuir. Sobretudo esse Condestável D. Nuno, depois frei Nuno de Santa Maria, guerreiro e monge, chefe de exércitos e edificador de conventos, vencedor de castelhanos e distribuindo em maus anos seus bens pelos mesmos que derrotara em baralhas para não mandarem na sua terra, erguido por sua valentia no altar da Pátria como a igreja o havia de erguer pelas suas virtudes nos altares da fé, cheio de honras e riquezas e enterrado em vida no Convento do Carmo, na dura estamenha de frade, quando depois de Ceuta lhe pareceu já não ser necessária a espada para defesa da Pátria, mas disposto de novo a tomar as armas, se el-rei de Castela alguma vez tentasse invadir Portugal."
(Salazar, 14 de Agosto de 1935; in Discursos, volume 2º , págs. 53).
Nun´Álvares tinha 23 anos quando da revolução em Lisboa e 25 em Aljubarrota; D. João I, 25 ao ser proclamado defensor do reino e 27 na segunda daquelas datas. O estado maior do Condestável eram rapazes, de pouca idade, com o espírito aventuroso e irrequieto dos jovens, insofridos nas pelejas mas obedecendo cegamente ao chefe.
Com estes se fez a campanha e se assegurou a independência de Portugal.
Hoje como então se exige espírito novo para fazer a revolução nacional, e espírito novo é mais fácil encontrá-lo em novos que em velhos, ainda que haja velhos com mocidade de espírito, e moços gastos por interesses e preocupações que não costumam ser da sua idade. É porém essencial que o espírito da mocidade seja para nós formado na sentido da vocação histórica de Portugal, com os exemplos de que é fecunda a história, exemplos de sacrifícios, patriotismo, desinteresse, abnegação, valentia, sentimento de dignidade própria, respeito absoluto pela alheia. Facto cheio de ensinamentos é o comemorado hoje; homens que sirvam de exemplo para a nossa formação esses que, à volta de D. João I e do Condestável, batalharam e serviram e foram de tamanha estatura que futuros séculos de maravilhas não lhes tocaram nem os puderam diminuir. Sobretudo esse Condestável D. Nuno, depois frei Nuno de Santa Maria, guerreiro e monge, chefe de exércitos e edificador de conventos, vencedor de castelhanos e distribuindo em maus anos seus bens pelos mesmos que derrotara em baralhas para não mandarem na sua terra, erguido por sua valentia no altar da Pátria como a igreja o havia de erguer pelas suas virtudes nos altares da fé, cheio de honras e riquezas e enterrado em vida no Convento do Carmo, na dura estamenha de frade, quando depois de Ceuta lhe pareceu já não ser necessária a espada para defesa da Pátria, mas disposto de novo a tomar as armas, se el-rei de Castela alguma vez tentasse invadir Portugal."
(Salazar, 14 de Agosto de 1935; in Discursos, volume 2º , págs. 53).
2 Comments:
Obrigado Manuel!
Que saudades do tempo em que eram estes os valores que se procurava incutir aos miúdos, logo na escola primária.
Que diferença entre os meus livros dessa altura e as imbecilidades que agora impingem aos jovens em nome do progressismo, pós-modernismo e outras loas.
Que diferença entre a profundidade de um discurso de Salazar e o monte de palavras balofas do actual discurso político.
Se é apenas isto que a democracia tem para dar a Portugal, já estou como o Manuel Azinhal há tempos: mais vale suspendê-la por meia hora, desde que seja pelo pescoço.
Obrigado pelo seu blog, Manuel Azinhal. Por aqui ainda se consegue respirar.
Zé da Lezíria
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