A defesa da "cultura geral"
Há pouco tempo tinha lido no "Le Monde" um artigo de Edgar Morin que versava precisamente sobre este tema: a defesa da "cultura geral" no ensino, contra a lógica de afunilamento a que conduz a hiperespecialização, e o consequente, e dramático, empobrecimento que todos podemos observar.
Pareceu-me muito interessante, sobretudo pela repercussão que a notoriedade pública do autor trouxe a essa discussão. Anotei a importância desse contributo de Edgar Morin, agora na recta final da sua existência terrena. A velhice, por vezes, pode realmnente trazer sabedoria.
Havia algumas fragilidades nos discurso, aliás apontadas de imediato por alguns leitores: por exemplo, a proposta de criação como propedêuticas nos diversos cursos universitários de cadeiras específicas de "cultura geral", o que nunca deixaria de ser um remendo exótico para um sistema onde globalmente faltasse a necessária perspectiva integrada desde o inicio.
Porém, o alerta só por si merece o maior aplauso.
Verifico que Edgar Morin persiste. Estará no Instituto Piaget, em Lisboa, na próxima sexta-feira, e anuncia que defende "reforma radical" no ensino para acabar com "hiperespecialização".
É uma extraordinária mudança de paradigma na abordagem do sistema de ensino: "o filósofo e sociólogo francês Edgar Morin defende uma "reforma radical" do modelo de ensino nas universidades e escolas, salientando a necessidade de passar da actual 'hiperespecialização' para uma aprendizagem que "integre as várias áreas do conhecimento".
"Edgar Morin, considerado um dos maiores pensadores vivos, defende que apenas com esta mudança de paradigma no ensino as pessoas serão "capazes de compreender e enfrentar os problemas fundamentais da humanidade, cada vez mais complexos e globais".
Li a notícia no "Público".
Pareceu-me muito interessante, sobretudo pela repercussão que a notoriedade pública do autor trouxe a essa discussão. Anotei a importância desse contributo de Edgar Morin, agora na recta final da sua existência terrena. A velhice, por vezes, pode realmnente trazer sabedoria.
Havia algumas fragilidades nos discurso, aliás apontadas de imediato por alguns leitores: por exemplo, a proposta de criação como propedêuticas nos diversos cursos universitários de cadeiras específicas de "cultura geral", o que nunca deixaria de ser um remendo exótico para um sistema onde globalmente faltasse a necessária perspectiva integrada desde o inicio.
Porém, o alerta só por si merece o maior aplauso.
Verifico que Edgar Morin persiste. Estará no Instituto Piaget, em Lisboa, na próxima sexta-feira, e anuncia que defende "reforma radical" no ensino para acabar com "hiperespecialização".
É uma extraordinária mudança de paradigma na abordagem do sistema de ensino: "o filósofo e sociólogo francês Edgar Morin defende uma "reforma radical" do modelo de ensino nas universidades e escolas, salientando a necessidade de passar da actual 'hiperespecialização' para uma aprendizagem que "integre as várias áreas do conhecimento".
"Edgar Morin, considerado um dos maiores pensadores vivos, defende que apenas com esta mudança de paradigma no ensino as pessoas serão "capazes de compreender e enfrentar os problemas fundamentais da humanidade, cada vez mais complexos e globais".
Li a notícia no "Público".
1 Comments:
A ideia não é nova e não é tão inocente e tão descomprometida como possa parecer...
Os pós-modernistas esquerdóides apoiam-na de há umas déecadas a esta parte e têm feito umas aldrabices 'fabulosas' a pretexto de uma 'nova ciência'.
Inegável, no entanto, a necessidade de os alunos voltarem a estudar (ponto). A necessidade de se voltar a dar importância ao estudo da História, da Filosofia e dos Clássicos. A introduzir a formação musical a sério no ensino básico e secundário daqui por uns anos reforçando entretanto a competência dos Conservatórios musicais que os socretinos trataram de achincalhar a pretexto de uma pretensa 'democratização' balofa e mal-intencionada...
Um abraço
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