Europa é tudo o que eu digo, e mais o que eu não sei dizer
As respostas dos cabeças de lista às próximas eleições europeias à pergunta feita pela LUSA sobre "Quais devem ser os limites geográficos, culturais ou políticos do alargamento da União Europeia" dão bem ideia da loucura demencial que se apoderou de grande parte da classe política europeísta, vergada ao peso das conveniências e tabus da correcção política.
A verdade é que com o conteúdo que resulta da maioria das declarações (a Europa não tem limites!) não haverá nenhum projecto político que resista. Pode haver, quando muito, literatura, e nada realista.
O PSD admite que a União Europeia possa estender-se até ao Pacífico, integrando a Rússia, e recusa estabelecer "uma definição cultural" para a Europa. Diz que temos que fazer entrar pelo menos a Sérvia, a Albânia e a Bósnia, e a Turquia, a Moldávia, e porventura a Ucrânia, e depois os países do Cáucaso e a Bielorrússia, e finalmente a Rússia, sem esquecer países como a Suíça, a Noruega e a Islândia, que têm sempre a porta aberta (naturalmente, digo eu). Dá a impressão que a África, a América e a Oceania ficam de fora, ao menos por enquanto, mas pode ser só impressão.
Para a cabeça-de-lista da CDU, igualmente o alargamento da UE deve ir até onde quiserem os "povos dos Estados-membros e dos países candidatos" (talvez a China, Cuba e o Vietname!). Para o candidato do BE, idem: os limites da UE devem ser "os que a política determinar e os povos quiserem". Para o PCTP-MRPP, também "não se pode falar em limites". A candidata Laurinda Alves "apoia a entrada de novos membros", e veria como "uma excelente notícia para o Mundo" a adesão da Turquia. O candidato do Partido Humanista concorda com isso e acrescenta que não deve "haver outros limites, designadamente culturais". O candidato do PPM concretiza e avança, propondo a "futura integração do arquipélago de Cabo Verde na UE".
É uma maravilha, um fartote, uma verdadeira "Europa global".
Ah, antes que me esqueça, diz a notícia da LUSA que "o candidato do PNR, Humberto Nuno de Oliveira, contestou "a Europa das fronteiras escancaradas" e defendeu em seu lugar "uma aliança entre Estados soberanos" em que os povos possam "escolher sozinhos o seu futuro", fechada a "países que não partilhem da herança civilizacional europeia, como é o caso da Turquia". Não posso deixar de sorrir: é o meu amigo Humberto Nuno. É mesmo do contra!
A verdade é que com o conteúdo que resulta da maioria das declarações (a Europa não tem limites!) não haverá nenhum projecto político que resista. Pode haver, quando muito, literatura, e nada realista.
O PSD admite que a União Europeia possa estender-se até ao Pacífico, integrando a Rússia, e recusa estabelecer "uma definição cultural" para a Europa. Diz que temos que fazer entrar pelo menos a Sérvia, a Albânia e a Bósnia, e a Turquia, a Moldávia, e porventura a Ucrânia, e depois os países do Cáucaso e a Bielorrússia, e finalmente a Rússia, sem esquecer países como a Suíça, a Noruega e a Islândia, que têm sempre a porta aberta (naturalmente, digo eu). Dá a impressão que a África, a América e a Oceania ficam de fora, ao menos por enquanto, mas pode ser só impressão.
Para a cabeça-de-lista da CDU, igualmente o alargamento da UE deve ir até onde quiserem os "povos dos Estados-membros e dos países candidatos" (talvez a China, Cuba e o Vietname!). Para o candidato do BE, idem: os limites da UE devem ser "os que a política determinar e os povos quiserem". Para o PCTP-MRPP, também "não se pode falar em limites". A candidata Laurinda Alves "apoia a entrada de novos membros", e veria como "uma excelente notícia para o Mundo" a adesão da Turquia. O candidato do Partido Humanista concorda com isso e acrescenta que não deve "haver outros limites, designadamente culturais". O candidato do PPM concretiza e avança, propondo a "futura integração do arquipélago de Cabo Verde na UE".
É uma maravilha, um fartote, uma verdadeira "Europa global".
Ah, antes que me esqueça, diz a notícia da LUSA que "o candidato do PNR, Humberto Nuno de Oliveira, contestou "a Europa das fronteiras escancaradas" e defendeu em seu lugar "uma aliança entre Estados soberanos" em que os povos possam "escolher sozinhos o seu futuro", fechada a "países que não partilhem da herança civilizacional europeia, como é o caso da Turquia". Não posso deixar de sorrir: é o meu amigo Humberto Nuno. É mesmo do contra!
3 Comments:
Mas é claro!
Vale tudo.
É o deboche, tudo à molhada é que é bom...desde que eu vá mantendo o meu carrinho xpto, a minha garrafinha de bom vinho, eventualmente um risquito a 30 euros a grama, mas só dia sim dia não para não exagerar, e que a turba migrante que aí vem não venha morar ao meu lado que eu gosto muito deles mas preciso de espaço para o iôga (com acento no primeiro o), ar puro, comida biológica, japoneza e mais não sei o quê. Dêem-lhes casa e tudo o que têm direito mas não os ponham em guetos. Viva a molhada! E que é isso de ser português, povo feio e desdentado!? ah, e tb adoro a Índia, aliás, quase sou budista, e o Vietnam e a Palestina, e tenho mais de 100 amigos no facebook e...
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