O estranho caso dos pastéis anões
Apesar do título, não se justifica a intervenção de Mr. Poirot. Esta é apenas outra nota de excursão, em jeito de desabafo, ou queixume, dirigido aos amigos lisboetas. Com efeito, o caso a que me refiro não tem mistério de maior e a explicação está ao alcance de qualquer um. A quem conheça a famosa casa dos pastéis de Belém desde há uns trinta anos e passe por lá de tempos a tempos é impossível não reparar o modo extraordinário como as instalações cresceram, furando por todo o quarteirão, e os preços acompanharam o crescimento, trepando a alturas antes inimagináveis... O espaço e o preço responderam à procura, que faz do sítio um corropio permanente de turistas consumidores, alinhados em longas filas, àvidos de provar também o emblemático manjar. O pior, porém, aconteceu aos pastéis. Com eles passou-se um fenómeno inverso ao aumento das instalações e dos preços: encolheram, encolheram, e hoje parecem pastéis miniatura, daqueles feitos para amostra.
Qualquer dia começam a ser vendidos em comprimidos, pré-embalados em caixas de seis e de doze.
E, para ser franco, estão cada vez mais sensaborões.
Qualquer dia começam a ser vendidos em comprimidos, pré-embalados em caixas de seis e de doze.
E, para ser franco, estão cada vez mais sensaborões.
2 Comments:
o PNR a elogiar o PCTP/MRPP hummmm
A mim até já me aconteceu ter uma gravata igual a uma do Eanes, veja lá.
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