A opinião que se publica
Aquilo que se convencionou chamar a esquerda ocupou e domina desde há muito os "aparelhos de condicionamento intelectual". Não só os meios de comunicação social (v. g. os jornais, as rádios, as televisões, que "fazem" eleições, mentalidades, costumes e opiniões), mas também as escolas e universidades, o teatro ou o cinema, etc., etc.
Pensemos tão só na comunicação social de massas, onde a direita normalmente soçobra.
Esta é sem dúvida uma das questões-chave da nossa época. Nem sempre é verdade que "a opinião pública é a opinião que se publica", como dizia um político português pouco lembrado, mas o certo é que tendencialmente aquilo que é publicado instala-se nos espíritos e conforma-os aos pontos de vista, à mentalidade, aos lugares comuns que são transmitidos como tal.
Os aparelhos de condicionamento mental não são meros "transmissores de mensagens", são eles próprios criadores de mensagens e modeladores da sua época.
O que fazer?
Francamente, não parece que haja soluções mágicas. E as tentações que por vezes surgem de concorrer no mesmo terreno são absurdas: não se podem criar de repente jornais "nossos", ou televisões "nossas"... Os recursos financeiros e humanos para isso não existem, nem existirão porque esses mercados estão saturados com o que está.
As únicas formas viáveis e realistas de combater no imediato esse estado de coisas consistem num combate político e cultural a prazo que neste momento passa por um lado pela aposta decidida na internet (meio privilegiado e definidor do futuro, cujo domínio e controlo está inteiramente em aberto) e por outro lado passa por pressionar sistematicamente o que existe (os jornais ou as televisões, precisamente porque dependem de um mito chamado "opinião pública", não podem resistir infinitamente a pressões conjugadas do exterior, seja de colaboradores activos que contestam a linha vigente, seja de grupos organizados que protestam contra conteúdos, que promovem campanhas, que usam largamente o mail, o fax, o telefone, o correio, para bombardear as redacções e as oficinas ideológicas, contestando o que rejeitam e reclamando o que promovem).
Num movimento em tenaz, quer utilizando a internet como o terreno privilegiado para vastos movimentos de opinião que necessariamente chegam também aos detentores dos canais da comunicação tradicional, quer fazendo sistematicamente guerrilha ideológica e psicológica sobre os alvos, as barreiras vão cedendo.
O condicionamento também pode funcionar ao contrário, desde que haja talento e vontade para aproveitar eficazmente os instrumentos disponíveis.
Como costumo dizer habitualmente em voz baixa e a mim mesmo, se houvesse cinquenta ou cem somente que percebessem o que é preciso fazer e o fizessem bem e resolutamente, a vitória estava já ali.
Pensemos tão só na comunicação social de massas, onde a direita normalmente soçobra.
Esta é sem dúvida uma das questões-chave da nossa época. Nem sempre é verdade que "a opinião pública é a opinião que se publica", como dizia um político português pouco lembrado, mas o certo é que tendencialmente aquilo que é publicado instala-se nos espíritos e conforma-os aos pontos de vista, à mentalidade, aos lugares comuns que são transmitidos como tal.
Os aparelhos de condicionamento mental não são meros "transmissores de mensagens", são eles próprios criadores de mensagens e modeladores da sua época.
O que fazer?
Francamente, não parece que haja soluções mágicas. E as tentações que por vezes surgem de concorrer no mesmo terreno são absurdas: não se podem criar de repente jornais "nossos", ou televisões "nossas"... Os recursos financeiros e humanos para isso não existem, nem existirão porque esses mercados estão saturados com o que está.
As únicas formas viáveis e realistas de combater no imediato esse estado de coisas consistem num combate político e cultural a prazo que neste momento passa por um lado pela aposta decidida na internet (meio privilegiado e definidor do futuro, cujo domínio e controlo está inteiramente em aberto) e por outro lado passa por pressionar sistematicamente o que existe (os jornais ou as televisões, precisamente porque dependem de um mito chamado "opinião pública", não podem resistir infinitamente a pressões conjugadas do exterior, seja de colaboradores activos que contestam a linha vigente, seja de grupos organizados que protestam contra conteúdos, que promovem campanhas, que usam largamente o mail, o fax, o telefone, o correio, para bombardear as redacções e as oficinas ideológicas, contestando o que rejeitam e reclamando o que promovem).
Num movimento em tenaz, quer utilizando a internet como o terreno privilegiado para vastos movimentos de opinião que necessariamente chegam também aos detentores dos canais da comunicação tradicional, quer fazendo sistematicamente guerrilha ideológica e psicológica sobre os alvos, as barreiras vão cedendo.
O condicionamento também pode funcionar ao contrário, desde que haja talento e vontade para aproveitar eficazmente os instrumentos disponíveis.
Como costumo dizer habitualmente em voz baixa e a mim mesmo, se houvesse cinquenta ou cem somente que percebessem o que é preciso fazer e o fizessem bem e resolutamente, a vitória estava já ali.
2 Comments:
Nesses aparelhos de condicionamento intelectual da esquerda está o Expresso?O SOL?O Público?O Correio da Manhã ou o 24Horas?A revista Sábado?A SIC?A TVI?O "i"?O Metro e o DEstak?A RR?
Olhe que não,olhe que não...
Existem muitas esquerdas, é um facto, mas tem a certeza que a "esquerda" domina esses meios!?
A parte artistica acredito, mas meios de comunicação social....lá por se meter um ou dois "cromos" de esquerda a escrever opinião não quer dizer nada, o que interessa "para condicionar mentalidades" é o que os jornalistas escrevem e "interpretam", e claro, os directores de redacção que "escolhem" alvos e prioridades,bem como "rumos", portanto, penso que a coisa não será bem assim....
Penso que o problema é não existir direita em Portugal, há um partido impostor que realmente domina os media, o PPD/PSD, há um partido que falha na liderança da direita, o CDS/PP, e depois há quem se apelide de social democrata sendo conservador, liberais de moda que poderiam passar por sociais democratas keynesianos, democratas cristãos desorientados,isto sim é que é "condicionamento assincrono disruptor de mentalidades".....
P.S. - Aproveito para lhe endereçar os meus parabéns pelo seu trabalho na blogosfera
Olhe que esquerda, por vezes, é a que se ignora a si mesma!...
Os meios que referiu na sua pergunta são frequentemente de condicionamento cultural esquerdista... porque eles mesmos condicionados pelo esquerdismo.
E o condicionamento existe quando não nos apercebemos dele, pois claro.
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