De como o futebol pode ensinar política
Acontece o futebol trazer-nos lições até de política internacional. Eu, por exemplo, estava a olhar distraídamente para as imagens de um importante match internacional e fiquei a meditar sobre o Irão.
O que me atraiu a atenção foi o EUA-Brasil, recentemente disputado na final de uma competição de projecção mundial. Os americanos dominavam os brasileiros, pareciam já donos do jogo, e só mesmo no final o forcing das vedetas canarinhas trouxe ordem à situação. Poucos dias antes os mesmos americanos tinham ganho à Espanha, selecção invencível havia um ror de tempo, e então em número um no ranking universal da FIFA... O mundo do futebol, definitivamente, já não é o que era.
Os americanos, que ainda não há muito desconheciam de todo esse jogo, são já uma potência mundial da modalidade. E não são só eles que estão capazes de se bater de igual para igual com as velhas potências; da África do Sul à Austrália, um novo mapa futebolístico tomou forma.
Tudo indica que caminhamos para um Mundial que pouco terá a ver com os antigos, em que os melhores europeus disputavam os primeiros lugares com os melhores sul-americanos. Agora, as potências emergentes, da América à China, da Coreia à Austrália, do Japão à África do Sul, podem ombrear com as antigas - e discutir com elas a vitória em cada jogo e em cada competição. Precisamente: estava ao rubro a batalha pelo poder em Teerão e em Moscovo reunia-se a cimeira dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia, China). E, com toda a desfaçatez, e absoluta indiferença pelas sensibilidades feridas, as novas potências decidiram ostensivamente enviar ao mundo inteiro a mensagem do seu apoio a Ahmadinejad, honrando-o com o convite para a visita oficial a Moscovo. A posição foi aberta e assumida por parte de russos e chineses, mais discreta da parte de indianos e brasileiros, que têm mais razões para cuidar do estado das suas relações com os EUA, mas não deixou dúvidas a nenhum observador.
Provavelmente (digo isto assim porque nenhum de nós sabe verdadeiramente o que se passou ou passa no Irão) este alinhamento decidiu a partida. E veio demonstrar para quem ainda não tivesse reparado que agora esse campeonato já não tem vencedores antecipados. Estabeleceu-se um novo equilíbrio, com novos protagonistas, e a realidade do jogo mudou.
O que me atraiu a atenção foi o EUA-Brasil, recentemente disputado na final de uma competição de projecção mundial. Os americanos dominavam os brasileiros, pareciam já donos do jogo, e só mesmo no final o forcing das vedetas canarinhas trouxe ordem à situação. Poucos dias antes os mesmos americanos tinham ganho à Espanha, selecção invencível havia um ror de tempo, e então em número um no ranking universal da FIFA... O mundo do futebol, definitivamente, já não é o que era.
Os americanos, que ainda não há muito desconheciam de todo esse jogo, são já uma potência mundial da modalidade. E não são só eles que estão capazes de se bater de igual para igual com as velhas potências; da África do Sul à Austrália, um novo mapa futebolístico tomou forma.
Tudo indica que caminhamos para um Mundial que pouco terá a ver com os antigos, em que os melhores europeus disputavam os primeiros lugares com os melhores sul-americanos. Agora, as potências emergentes, da América à China, da Coreia à Austrália, do Japão à África do Sul, podem ombrear com as antigas - e discutir com elas a vitória em cada jogo e em cada competição. Precisamente: estava ao rubro a batalha pelo poder em Teerão e em Moscovo reunia-se a cimeira dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia, China). E, com toda a desfaçatez, e absoluta indiferença pelas sensibilidades feridas, as novas potências decidiram ostensivamente enviar ao mundo inteiro a mensagem do seu apoio a Ahmadinejad, honrando-o com o convite para a visita oficial a Moscovo. A posição foi aberta e assumida por parte de russos e chineses, mais discreta da parte de indianos e brasileiros, que têm mais razões para cuidar do estado das suas relações com os EUA, mas não deixou dúvidas a nenhum observador.
Provavelmente (digo isto assim porque nenhum de nós sabe verdadeiramente o que se passou ou passa no Irão) este alinhamento decidiu a partida. E veio demonstrar para quem ainda não tivesse reparado que agora esse campeonato já não tem vencedores antecipados. Estabeleceu-se um novo equilíbrio, com novos protagonistas, e a realidade do jogo mudou.
Outro exemplo engraçado é o que vem das Honduras: primeiro parecia tudo igual ao costume, e, para salvar a democracia, foi corrido o presidente em funções; porém, ao que parece, os poderes regionais, através da OEA, resolveram recolocar lá o mesmo (também para salvar a democracia, claro). Aguarda-se com expectativa o final do jogo; mas tudo indica que naquela zona também não subsistem os temores reverenciais de outros tempos.
Assistiremos a muitos torneios, em muitos pontos do globo; mas agora cada torneio é uma incógnita. Passou o tempo em que bastava a alguns entrar em campo para estar decidida a sorte dos jogos.
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