Mais conversas em família
Em Portugal, e não sei se noutros sítios, a Direita só se mobiliza contra a Direita. Assim mesmo lapidarmente o escreveu alguém muito melhor do que eu, e desde então o diagnóstico não perdeu pertinência. Podem as hostes andar adormecidas num anquilosamento que semelha o coma, mas é certo e sabido que se alguém tentar de súbito romper o marasmo logo lhe saltam às canelas os mais imprevistos e inesperados adversários - surgidos não se sabe como nem porquê das desconhecidas reservas de tão minguadas hostes.
Dir-se-ia que há muitos cuja única ocupação na causa é vigiar a inactividade dos outros - para se lançarem zelosamente ao ataque caso detectem algum movimento. Nunca fazem nada, e têm raiva a quem faça. Nunca foi possível criticar-lhes uma acção, por motivos óbvios, mas não perdoam que outros se mexam.
Esta constante, observável em todo o longo período de conhecimento directo que já acumulei, e que ao que dizem é ainda notavelmente mais antigo, é certamente um dos factores determinantes de um dos fenómenos mais perturbantes que afectam a militância nessa área. Estou a pensar na extrema fluidez, tanta vez a efemeridade, dessa militância. Em tantos movimentos com boa presença juvenil, nunca foi possível superar essa transitoriedade do compromisso e assegurar uma continuidade ao empenhamento de tantos e tantos militantes. Dito de outra forma: nunca deixaram de aparecer os militantes, ardentes e entusiastas, a cada projecto que se desenhou e se lançou ao mundo. O que nunca se conseguiu foi a capacidade para segurar essa gente, dar permanência e consistência a esse combate, estruturar e consolidar um autêntico projecto político servido por quadros esclarecidos e capazes.
Encontrar militantes foi sempre muito mais fácil do que mantê-los. Daí uma insuficiência e uma fragilidade evidente da área. Cada projecto vê-se obrigado a começar tudo de novo.
Dir-se-ia que há muitos cuja única ocupação na causa é vigiar a inactividade dos outros - para se lançarem zelosamente ao ataque caso detectem algum movimento. Nunca fazem nada, e têm raiva a quem faça. Nunca foi possível criticar-lhes uma acção, por motivos óbvios, mas não perdoam que outros se mexam.
Esta constante, observável em todo o longo período de conhecimento directo que já acumulei, e que ao que dizem é ainda notavelmente mais antigo, é certamente um dos factores determinantes de um dos fenómenos mais perturbantes que afectam a militância nessa área. Estou a pensar na extrema fluidez, tanta vez a efemeridade, dessa militância. Em tantos movimentos com boa presença juvenil, nunca foi possível superar essa transitoriedade do compromisso e assegurar uma continuidade ao empenhamento de tantos e tantos militantes. Dito de outra forma: nunca deixaram de aparecer os militantes, ardentes e entusiastas, a cada projecto que se desenhou e se lançou ao mundo. O que nunca se conseguiu foi a capacidade para segurar essa gente, dar permanência e consistência a esse combate, estruturar e consolidar um autêntico projecto político servido por quadros esclarecidos e capazes.
Encontrar militantes foi sempre muito mais fácil do que mantê-los. Daí uma insuficiência e uma fragilidade evidente da área. Cada projecto vê-se obrigado a começar tudo de novo.
1 Comments:
ora bem! eu sou de extrema-direita, mas haverá algum partido em Portugal à direita do CDS?
é que o PNR, define-se como nem de direita, nem de esquerda......
E depois o BURRO sou eu?!
Enviar um comentário
<< Home