Uma direita, que não a de VPV
Não basta proclamar que o sectarismo faz objectivamente o jogo dos nossos inimigos, impedindo a união das forças políticas nacionais, nem sublinhar o imperativo de agrupar todas as forças disponíveis para fazer face aos perigos que ameaçam a nossa cultura e a nossa civilização, nem, em suma, declarar-se frontalmente contra o espírito de capela.
Proclamar e declarar essas verdades é, pode-se dizer, um lugar comum. O problema é que muitos vão fazendo efectivamente o que por palavras reprovam. Cultivando a sua capelinha, consolidando seitas e grupúsculos, estimulando divisionismos, acentuando rivalidades mesquinhas, exacerbando antagonismos e inimizades quase sempre exclusivamente pessoais, vivendo mergulhados no caldo de cultura do intriguismo e da má língua.
Nesse clima, nada de sólido é possível construir. A minha defesa tem sido o isolamento, o afastamento, que inicialmente foi acidental, determinado por circunstâncias da vida, e a partir de certa altura passou a ser, resolutamente, um facto deliberado e conscientemente assumido. Quem não faz parte de coisa nenhuma, quem não é afectado por condicionantes da vida social, quem não tem grupo, loja ou tertúlia a que deva agradar, quem não alinhe em festas, encontros ou jantares - tem muito mais condições para dizer a verdade. Em contrapartida, se a disser também dificilmente sairá dessa condição de homem só. Mas creio firmemente que é preciso que alguém a assuma.
Para que venha a existir um verdadeiro movimento nacionalista vivo e presente na vida política portuguesa é necessário optar decididamente por um militantismo de terreno, de base, de longa duração. Renunciar em definitivo a partilhar as disputas, torneios, jogos florais e hábitos rituais da direita histórica, encartada. Escolher a defesa das camadas populares, que são as verdadeiramente ameaçadas pelo rolo compressor da globalização, pela insegurança, pela precariedade, pelas crises de toda a ordem, sejam económicas, morais, de identidade, de cultura, de civilização. Estruturar um verdadeiro "partido do povo", a partir de baixo, pode fazer-se se houver gente para o fazer. A direita que penso - ao mesmo tempo nacional, social e popular - constitui um projecto político exequível para o nosso tempo. Depende das pessoas, das vontades. "O mundo só tem o sentido que nós lhe dermos".
Proclamar e declarar essas verdades é, pode-se dizer, um lugar comum. O problema é que muitos vão fazendo efectivamente o que por palavras reprovam. Cultivando a sua capelinha, consolidando seitas e grupúsculos, estimulando divisionismos, acentuando rivalidades mesquinhas, exacerbando antagonismos e inimizades quase sempre exclusivamente pessoais, vivendo mergulhados no caldo de cultura do intriguismo e da má língua.
Nesse clima, nada de sólido é possível construir. A minha defesa tem sido o isolamento, o afastamento, que inicialmente foi acidental, determinado por circunstâncias da vida, e a partir de certa altura passou a ser, resolutamente, um facto deliberado e conscientemente assumido. Quem não faz parte de coisa nenhuma, quem não é afectado por condicionantes da vida social, quem não tem grupo, loja ou tertúlia a que deva agradar, quem não alinhe em festas, encontros ou jantares - tem muito mais condições para dizer a verdade. Em contrapartida, se a disser também dificilmente sairá dessa condição de homem só. Mas creio firmemente que é preciso que alguém a assuma.
Para que venha a existir um verdadeiro movimento nacionalista vivo e presente na vida política portuguesa é necessário optar decididamente por um militantismo de terreno, de base, de longa duração. Renunciar em definitivo a partilhar as disputas, torneios, jogos florais e hábitos rituais da direita histórica, encartada. Escolher a defesa das camadas populares, que são as verdadeiramente ameaçadas pelo rolo compressor da globalização, pela insegurança, pela precariedade, pelas crises de toda a ordem, sejam económicas, morais, de identidade, de cultura, de civilização. Estruturar um verdadeiro "partido do povo", a partir de baixo, pode fazer-se se houver gente para o fazer. A direita que penso - ao mesmo tempo nacional, social e popular - constitui um projecto político exequível para o nosso tempo. Depende das pessoas, das vontades. "O mundo só tem o sentido que nós lhe dermos".
1 Comments:
Já há algum tempo que defendo precisamente isso que o caro Manuel aqui diz neste texto.É imperioso acabar com os divisionismos e os sectarismos.Enquanto continuarmos neste jogo do não gosto de fulano ou de sicrano,porque aquele assim e este assado,não conseguiremos nada de positivo.Tenho lido por aí na blogosfera,algumas opiniões muito azedas em relação a certas pessoas que só fazem com que haja mais desunião e mais falta de discernimento.Não podemos simplesmente puxar do chicote quando não concordamos com alguma crítica ou algum reparo.É bem verdade que alguns textos e algumas opiniões fogem um pouco à lógica daquilo que defendemos,mas na verdade,uma opinião é uma opinião,e mesmo que ela não vá de encontro ao que pensamos ou defendemos,não podemos reagir como se fóssemos todos inimigos uns dos outros.De cada vez que alguém opina sobre certo tema e mesmo que não haja correspondência em relação ao nosso ponto de vista,não devemos tratar as pessoas como se fossem atrasadas mentais.Vivemos tempos difíceis como todos sabemos,precisamos de nos unir para conseguirmos ser mais fortes,e não é com críticas descabidas nem com pseudo-moralismos que o conseguiremos.
Como muito bem o disse caro Manuel,o mundo só tem o sentido que lhe dermos,mas a minha perspectiva do mundo pode ser diferente da sua ou de outra pessoa qualquer,mas isso serão sempre diferenças de pormenor,não sendo isso motivo de discórdia nem de antagonismo.
União e bom senso é o que se pede para o futuro(a começar já neste momento),e sei que na área nacionalista não faltam pessoas com vontade de prosseguir nesta jornada que nos há-de levar a bom porto,se Deus quiser.
Enviar um comentário
<< Home