sábado, março 26, 2011

"Salazar e a revolução em Portugal", de Mircea Eliade


É de poucos conhecido o tremendo fascínio que a figura, o ideário e o estilo de governação de Salazar exerceram sobre Mircea Eliade. Escrita em romeno e publicada apenas em Bucareste, muito badalada na imprensa portuguesa da época mas nunca vertida para a nossa língua, esta obra, que acabou por ser esquecida, mais que qualquer outra lançou as bases para a construção do mito luminoso do fundador do Estado Novo, interpretando o seu pen­samento e a sua acção política no contexto da «balbúrdia sanguinolenta» em que Portugal, no primeiro quartel do século XX, estava mergulhado. Inclui uma narração empolgante dos mais marcantes acontecimentos da nossa História, do consulado pombalino ao colapso da Primeira República, uma bio­grafia sintética de Salazar e uma análise dos fundamentos das políticas salazaristas. Mircea Eliade (Bucareste, 1907 - Chicago, 1986) é hoje universalmente reconhecido como a maior referência na história e pensamento sobre as religiões. Professor na Sorbonne e na Universidade de Chicago e doctor honoris causa pelas maiores universidades europeias, publicou algumas das mais citadas obras nesta área do saber, como, por exemplo, Tratado da História das Religiões, O Mito do Eterno Retorno, Aspectos do Mito e esse trabalho incontornável intitulado O Sagrado e o Profano. Afirmou-se ainda como um grande romancista e novelista, com mais de vinte títulos de ficção dados à estampa, o que lhe valeu abalizados prémios literários. Antes de atingir esse patamar de extraordinária notoriedade, porém, talhou o seu percurso de aprendizagem com diversas viagens e estadas mais longas em alguns países, como a Índia, a Inglaterra e Portugal. Entre 1941 e 1945 permaneceu em Portugal como diplomata da embaixada da Roménia, entre Cascais e Lisboa. Fascinado pelos princípios estruturais do Estado Novo e pelo seu líder, acreditando que deveriam ser estes os ideais a seguir também pela sua Roménia, escreveu este livro em 1942. http://www.esferadocaos.pt/pt/catalogo_detalhe_ideias128.html

1 Comments:

At 6:47 da tarde, Anonymous Anónimo said...

É pena que a mentalidade esquerdista, mui convencida do seu ideário pseudo-libertário, pseudo-revolução francesa, pseudo-tudo, continue tão amedrontada com o que Salazar fez no seu tempo.
Salazar não volta!
Mas Salazar tomou algumas medidas no seu tempo que foram eficazes para sanear as contas públicas e acabar definitivamente com a bandalheira que isto se tinha tornado.
Se calhar, os actuais partidos com assento parlamentar deviam estudar um pouco de economia e finanças em Portugal entre 1928 e 1974. De certeza que encontram lá algo de útil para a actual conjuntura.
JP

 

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