Blogues e política
No princípio e na essência um blogue é um diário. E um diário é algo de
íntimo e pessoal, que é suposto ter como destinatário apenas o autor - e
digo que é suposto ser assim porque o que se constata é que de há muito
se generalizou essa prática como um género literário. Ou seja, é comum e
universal a escrita de diários que têm por destino a publicação, e como
alvo o público.
E se assim é com os diários propriamente ditos, não há que estranhar que também os blogues desde cedo tenham sido utilizados como um meio para outras finalidades bem diferentes do mero desabafo e análise para autoconsumo. Nomeadamente o proselitismo puro e simples.
Não encontro nada de censurável nisso, é perfeitamente legítimo. Tão legítimo como ter um blogue para escrever para a família, ou para os amigos, ou para a claque desportiva, ou para o clube de fans, ou para impressionar a namorada. E mesmo tão legítimo como manter o blogue para autocomprazimento, com mais fidelidade à ideia original.
O que importa é que, a fazer-se, se faça bem feito. Ora quem queira fazer proselitismo há-de falar para os outros. Não para os seus - estes já estão convencidos. O ensimesmamento é impulso, mas não é política. Nem as conversas em família.
Por outro lado, o talento e a vocação em política distinguem-se pela capacidade de criar atracção, fascínio, sedução, enamoramento, paixão. Conquistar - nos blogues como na vida. E como há-de conquistar quem se deleite a despoletar agressividade e repulsa?
E se assim é com os diários propriamente ditos, não há que estranhar que também os blogues desde cedo tenham sido utilizados como um meio para outras finalidades bem diferentes do mero desabafo e análise para autoconsumo. Nomeadamente o proselitismo puro e simples.
Não encontro nada de censurável nisso, é perfeitamente legítimo. Tão legítimo como ter um blogue para escrever para a família, ou para os amigos, ou para a claque desportiva, ou para o clube de fans, ou para impressionar a namorada. E mesmo tão legítimo como manter o blogue para autocomprazimento, com mais fidelidade à ideia original.
O que importa é que, a fazer-se, se faça bem feito. Ora quem queira fazer proselitismo há-de falar para os outros. Não para os seus - estes já estão convencidos. O ensimesmamento é impulso, mas não é política. Nem as conversas em família.
Por outro lado, o talento e a vocação em política distinguem-se pela capacidade de criar atracção, fascínio, sedução, enamoramento, paixão. Conquistar - nos blogues como na vida. E como há-de conquistar quem se deleite a despoletar agressividade e repulsa?
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