QUE FAZER?
As revoluções antes de se fazerem nas ruas fazem-se nos espíritos.
Quando descem às ruas já as ganharam antes, por força de um trabalho
silencioso e persistente que há muito se desenrolava.
A batalha das ideias é hoje como ontem a decisiva. O que os homens pensam é que determina o que os homens fazem.
Por isso a importância crucial de empenhar todas as forças na
conquista dos espíritos, nas áreas desde sempre deixadas ao domínio do
inimigo: a cultura, a comunicação, a informação. Nesta sociedade da
informação ganha quem controlar o meio por onde a mensagem circula. Por isso creio firmemente que é de teimar na prioridade da internet e das redes sociais. Nesta época não temos outro caminho.
Insistir e aprofundar o trabalho, lançar pontes para todos os que
sentem a inquietação do presente e a aspiração da mudança, é a tarefa do
nosso tempo.
Dar ânimo a quem se mexe e avança, apoiar os que se lançam na aventura, encarar com benevolência e sem dogmatismos todos os que se apresentam como portadores de um projecto e de um ideal, não fechar portas, não ditar excomunhões, não ofender nem afastar ninguém, exercer permanentemente uma acção de formação e de divulgação.
É preciso consolidar uma enorme área nacional na net. Diversificada e plural, porque assim é a vida e são os homens. Diversificada e plural porque desse modo alargamos o círculo dos amigos e estreitamos o dos inimigos. Diversificada e plural porque sendo assim é quase impossível de atacar, controlar ou silenciar.
A política, antes de ser uma ciência, é uma arte. Ousemos implantar um movimento de opinião situado e radicado, mergulhado na vida diária das populações e orientado para soluções viáveis dos problemas actuais, que mobilize todos os que se sentem identificados com o destino colectivo da comunidade a que pertencemos.
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