segunda-feira, fevereiro 08, 2021

Sobre o imperativo da militância cibernética

A propósito da necessidade de aproveitamento das utilidades da internet para a luta política de fundo, numa aposta de médio e longo prazo, vale sempre a pena insistir. 
A verdade é que a internet é um espaço de liberdade que é muito mais difícil de censurar do que um jornal ou uma televisão. 
A grande vantagem da internet é desde logo permitir uma facilidade muito grande de criação de conteúdos. 
Pode-se criar um blogue em cinco minutos, e ter logo umas dezenas de pessoas a ler. Depende do talento de cada um.
Pode-se participar em foros ou em caixas de comentários onde centenas de pessoas irão ler o que escrevermos.
Com a mera acção de rua isto não é possível. Pode-se perder uma noite a colar cartazes, ou a distribuir panfletos, e no fim só atingir de fugida um pequeno número de pessoas, mas com um esforço em tempo e dinheiro infinitamente maior. 
Com a internet podemos ter uma audiência potencialmente tão grande como a CNN. 
A internet permite-nos fazer chegar a nossa mensagem a pessoas que pensam como nós, mas que se sentem sós, que pensam que são as únicas. 
A internet é um meio excelente de fazer chegar as nossas ideias a milhares de pessoas, com a vantagem de não estarem deturpadas pelos media. 
A internet permite que pessoas que não se identificam com o actual sistema procurem e encontrem uma alternativa.
Fazer hoje a política à moda antiga é anacrónico. Fazer um panfleto muito bonito, imprimir uns milhares, distribui-los em massa e depois ver as pessoas a passar os olhos por aquilo e a deitá-los no lixo. Não tem sentido.
Espalhar o mesmo conteúdo na internet significa a possibilidade de ser lido por um número potencialmente infinito de pessoas, e lido com muita mais atenção porque quem decide ler fá-lo com muito mais atenção, por gosto ou por curiosidade.
Aproveitem a internet, enquanto houver...