sexta-feira, março 12, 2021

CONTRA A CHORAMINGUICE E OS EMPATAS, PELO DESENVOLVIMENTO DO ALENTEJO

Estive a ler no Público uma notícia muito alarmista onde se expunham grandes preocupações porque depois do olival e do amendoal agora multiplicam-se as centrais fotovoltaicas no Alentejo, informando que na maioria dos concelhos do interior alentejano já foram instaladas ou está atribuída licença de exploração para novas centrais solares em áreas protegidas ou agrícolas.

Importa dizer que o olival e o amendoal, a par da produção de vinho e cortiça, são por estes anos as culturas de sucesso no Alentejo.


E que as centrais fotovoltaicas são um investimento que se apresenta com muito potencial, pelo que precisamos é de iniciativas dessas.

Este tipo de reportagens resultam de um imobilismo e de um negativismo permanente, que tão depressa se queixa de que nada se faz como grita contra tudo o que se faz.

É preciso lembrar que até a barragem de Alqueva, e todo o conjunto de barragens do plano de rega do Alentejo, teve que fazer-se contra as críticas permanentes dos meios pseudo-ambientalistas.

O que seria hoje do Alentejo se esses pontos de vista tivessem prevalecido?
Repare-se que mesmo as culturas cerealíferas tradicionais não escapavam às críticas, porque causam a erosão de terras pobres e são causa de desertificação futura (a campanha do trigo foi um horror segundo os sábios ambientalistas).
Mas a criação extensiva de gado, para produção de carne, também não pode ser, por causa da "pegada ecológica" e dos impactos negativos.
Impõe-se perguntar o que se poderá então fazer cá? Nada? Para sempre? Estamos condenados a ser reserva de indígenas (de caça não, porque também não pode ser).
Parece-me realmente que o mais acertado é mandá-los a todos para um lugar bem longe...