A marcha da indiferenciação
As minhas insignificantes congeminações sobre o triunfo da uniformidade no universo mediático já foram superiormente corroboradas.
Joaquim Fidalgo escreveu no "Público": "Tenho, de há anos, a sensação de que [os jornais] vêm ficando cada vez mais parecidos uns com os outros: nos temas em que apostam, no grafismo com que se "refrescam", nos colunistas que fazem rodar entre si, no género de títulos, nas primeiras páginas até".
É de um homem se sentir reconfortado. Observa aqui calado e sozinho na solidão das berças, e chega aonde chegam as estrelas do firmamento observado.
Tenho para mim no entanto que mais profundo, perspicaz e interrogativo vem a ser o comentário do visitante Clark59:
"Não é só na imprensa que estas coisas acontecem. A uniformização do gosto, da estética e do conhecimento dá-se em variadíssimas actividades. Veja o Manuel, por exemplo, o caso do cinema europeu; ou das marcas de roupa; ou das sardinhas em lata. Estamos numa espécie de adolescência social em que a afirmação se dá pelo rebanho e não pela diferença."
Calhando, estamos mesmo. Um tempo em que a afirmação se faz pelo rebanho e não pela diferença...
Vou ficar alerta. Desde que a maleita não chegue aos blogues... Mas, como se calcula, não é provável que o fenómeno fique à porta.
Seja como for, julgo que estou vacinado. Nem em rebanhos nem em matilhas; a mim não me apanham nisso.
Joaquim Fidalgo escreveu no "Público": "Tenho, de há anos, a sensação de que [os jornais] vêm ficando cada vez mais parecidos uns com os outros: nos temas em que apostam, no grafismo com que se "refrescam", nos colunistas que fazem rodar entre si, no género de títulos, nas primeiras páginas até".
É de um homem se sentir reconfortado. Observa aqui calado e sozinho na solidão das berças, e chega aonde chegam as estrelas do firmamento observado.
Tenho para mim no entanto que mais profundo, perspicaz e interrogativo vem a ser o comentário do visitante Clark59:
"Não é só na imprensa que estas coisas acontecem. A uniformização do gosto, da estética e do conhecimento dá-se em variadíssimas actividades. Veja o Manuel, por exemplo, o caso do cinema europeu; ou das marcas de roupa; ou das sardinhas em lata. Estamos numa espécie de adolescência social em que a afirmação se dá pelo rebanho e não pela diferença."
Calhando, estamos mesmo. Um tempo em que a afirmação se faz pelo rebanho e não pela diferença...
Vou ficar alerta. Desde que a maleita não chegue aos blogues... Mas, como se calcula, não é provável que o fenómeno fique à porta.
Seja como for, julgo que estou vacinado. Nem em rebanhos nem em matilhas; a mim não me apanham nisso.
2 Comments:
Caro Manuel
É dificil que essa "maleita" não chegue aos blogs, aliás se reparar bem já chegou, qualquer canal de comunicação que tenha força suficiente para emitir opinião terá de ser aproveitado como tal. Devido ao esperado crescimento exponencial de blogs que fugiram deste tempos atrás à consideração de "vicios do undergroud", o controlo de opinião terá de arranjar formas de o fazer é a lei da sociedade, da sociedade dos rebanhos, dos vazios de imaginação, dos que não fazem esforço para se auto melhorar, dos sorvedores de palavras bonitas, dos necessitados de palavras de carinho que lhes encha o ego, enfim aqui é como lá fora.
Contrariando esta tendência passei por aqui para lhe agradecer ter divulgado o nome do meu blog (2 meses atrás) que me deu a oportunidade de conhecer e falar diáriamente com no mínimo uma pessoa (Voz Portalegrense).
Um grande obrigado,
Bigmac
O muro de Berlin caíu apenas para que um comunista pudesse passear nos centros comerciais com um hamburguer na mão.
Os sonhos também já tinham acabado do lado de cá.
Isto saíu-me bem, vou escrever um postal.
Um abraço.
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