terça-feira, junho 29, 2021

CORAGEM, TENACIDADE E FÉ


A sucessão dos tempos e das gerações impõe a renovação.

As rotinas cansam, e o que era novo torna-se velho. Tal como a natureza, em que a vida obriga à sucessão das estações, também as sociedades não podem eternizar-se num Outono sem fim, com as mesmas ideias já gastas, os mesmos protagonistas, sempre os mesmos rostos e os mesmos discursos, tudo repetido e tornado a repetir, até à náusea.
Nós, em Portugal, precisamos antes do mais de uma renovação geral do ambiente político. Que venham novos protagonistas, gente nova, ideias novas, que tragam nova vida às instituições.
Mudança. Sobretudo mudança. E só pode vir de baixo. Os que estão sentados e instalados não se vão mexer. Nem saberiam o que fazer, se quisessem mudar. E andamos há décadas a ver as mesmas caras na televisão!!
Terão que ser os novos, os jovens, as mulheres, sobretudo as mulheres (que estão sempre sub-representadas, se repararmos bem aquelas que aparecem nos lugares cimeiros da nossa vida política estão lá por repetir a cartilha e obedecer ao guião de um qualquer teorizador masculino, em nada se identificam com a experiência de vida da normal cidadã que vive e trabalha por aí fora, tem que se confrontar com o seu emprego, a sua casa, os seus filhos, não tem dinheiro nem tempo para feminismos folclóricos).
E tem que ser o povo, aquele povo todo que não se sente representado nem se identifica minimamente com os que oficialmente são os seus representantes, numa ficção cada vez mais desfasada da realidade.
Claro que a tarefa não é fácil. Apresenta obstáculos e riscos a cada passo. É um caminho de pedras. Mas tem que ser, e convém começar já.

domingo, junho 27, 2021

ALENTEJO, ALENTEJO ! 47 anos não chegam ?

Os socialistas e os comunistas governam o Alentejo sem interrupção e sem contestação há mais de 47 anos.
É muito tempo, e impõe-se fazer o balanço.
Pois olhemos então para o que fizeram os socialistas e comunistas instalados nas câmaras municipais, governos civis, juntas de freguesia, em todas as estruturas de poder da região, para além de ocuparem calmamente esses edifícios que aliás herdaram do que chamam fascismo (sim, porque não se conhece nenhum caso em que não estejam instalados naquilo que já existia antes).
Os alentejanos continuam a deslocar-se nas estradas que o tal fascismo lhes deixou. Por elas, embora degradadas, vão quando precisam de ir aos hospitais que ficaram do tal regime anterior (hoje há menos, se bem repararem).
Tem que ser por essa via, porque comboios e autocarros há muito menos do que havia no período anterior.
Continuamos a aprender nas mesmas escolas herdadas do antigamente (são muito menos, e há muitas abandonadas, porque as crianças também são muito menos).
Temos menos postos de correio, menos postos da Guarda, menos notários, menos conservatórias, menos tribunais, até menos agências bancárias, porque grande parte tem sido encerrada.
E os que há são os que já existiam antes, nos mesmos sítios, tinham era muito mais gente.
Compreende-se que haja muito menos de quase tudo, porque na verdade existe muito menos gente. O Alentejo tem sofrido uma hemorragia chocante da sua gente, que tem sido obrigada a marchar para longe. Isto aqui não é vida.
Onde se nota um grande aumento é no número de lares de idosos e centros de dia. Constituem hoje a indústria mais dinâmica e próspera da região.
Entende-se o motivo. O Alentejo é já a região mais pobre e desertificada do país inteiro, e esta tendência continua a acentuar-se.
Por este caminho, a breve prazo seremos uma espécie de reserva de índios onde persiste uma gente em vias de extinção, mas envelhecida e acantonada em vilas museu e nos respectivos lares de terceira idade.
Nas datas festivas, os discursos oficiais e obrigatórios vão insistir que os maus eram os outros (o problema é o fascismo, imagine-se!).
Mas a verdade verdadeira é que os socialistas e os comunistas governam o Alentejo sem interrupção e sem oposição desde há mais de 47 anos ininterruptos. Estamos a par da Coreia do Norte.
Foi nestas décadas que ocorreu a chuva de dinheiro, vinda nomeadamente dos fundos europeus, numa fartura de meios largamente contrastante com os apertos das décadas anteriores.
O que é que fizeram?
Meio século é muito tempo! Não chega já?