domingo, março 28, 2021

THE HUNT um filme de Craig Zobel.


 E se um conjunto de gente da elite liberal e cosmopolita norte-americana decidisse raptar, caçar e matar, como num desporto, aqueles a quem chamam “deploráveis” (termo usado por Hillary Clinton para descrever os populares que apoiavam Trump)?

É esta premissa que serve de base ao filme “A Caçada”, de Craig Zobel.

terça-feira, março 23, 2021

MEMÓRIA HISTÓRICA


 Foto do dia 20 de Julho de 1936, do fotógrafo Alfonso Sánchez Portela.

Chama-se "El patio del Cuartel de la Montaña" e representa isso mesmo, o pátio desse quartel de Madrid após a vitória das tropas assaltantes nesse que foi o primeiro grande enfrentamento da guerra civil que se iniciava.
No quartel estava instalado o Regimento de Infantaria Covadonga, e nele também se tinham refugiado bastantes civis, sobretudo falangistas. Ao tomar partido pela revolta de 18 de Julho o quartel transformou-se num alvo e foi quase de imediato cercado pelas tropas governamentais e pelas milícias comunistas.
Sendo impossível resistir ao cerco da artilharia, e não havendo perspectiva de socorro exterior, o quartel aceitou render-se, após duros combates desde a tarde de 19 até essa manhã de 20 de Julho.
Foi após a rendição que ocorreu a mortandade que se observa na foto. A chacina não foi resultante dos combates, foi feita sobre prisioneiros indefesos.
No quartel haveria uns 1500 militares, entre oficiais, cadetes e praças, e uns 180 falangistas. Ainda agora não está esclarecido o número exacto dos que morreram e dos que sobreviveram (a política de apaziguamento da sociedade espanhola promovida pelo franquismo também levava a tentar esquecer estes acontecimentos, as próprias ruínas do gigantesco quartel acabaram por ser demolidas para dar lugar a um parque urbano).
Mas as estimativas oscilam entre as 500 e as 900 pessoas logo executadas no local. O General Fanjul e outros oficiais capturados, entre eles o filho, tenente-médico Fanjul, foram ainda levados a um simulacro de julgamento, a 15 de Agosto, e fuzilados dias depois.

segunda-feira, março 22, 2021

"Militantismo mediático"


Explica-se facilmente o que está sob a designação. Como todos concordarão, os grandes meios de informação são o grande condicionador de toda a opinião pública nas sociedades actuais. Quanto a esses o caminho está vedado para quem seja colocado fora do sistema: há bloqueio total.
Porém, verifica-se que desde a generalização da internet não existe nenhum jornal, televisão ou rádio que possa passar sem um sítio na net. E esses locais na rede são muitas vezes destinados a captar a opinião do público. Com frequência têm secções abertas ao leitor, cada um cria o seu forum, muitos convidam ao debate em linha, muitos insistem mesmo para que o público faça chegar a sua voz ao director, à redacção, à administração.
Então porque não aproveitar essa via? Em vez de criar coisinhas para entretenimento próprio, em conciliábulo secreto e sigiloso, escolhe-se a estratégia de remeter os militantes para esses locais: cada forum, cada secção dos leitores, cada sondagem em linha, cada mecanismo de auscultação da opinião pública deverão ter ecos da corrente nacional.
Evidentemente que isto tem regras: é preciso ser simples e sintético, é preciso usar da correcção necessária ou evitar o tom de propaganda directa, para que não se incorra sempre na exclusão dos moderadores.
Mas feito isto o resultado é espectacular. É possível que aquelas correntes de opinião que não aparecem nas grandes cadeias de televisão, rádio ou jornais principais, sejam no entanto, de acordo com todos os estudos, aquelas mais presente na internet.
Que formidável pressão assim se gera sobre as redacções, sobre os media, é fácil calcular. E quanto à repercussão no público, repare-se que muitas vezes as secções dos leitores, o "have your say", são bem mais lidas que o corpo do jornal.

sexta-feira, março 19, 2021

O DIABO À SOLTA


 Não esqueçam de comprar o jornal de hoje!

segunda-feira, março 15, 2021

SALAZAR


 I
Tinhas de ser qual és, calado e triste,
Misterioso, ascético, tenaz,
Para reger um povo que da Paz
Há que tempos nem sabe se ela existe...

Já, com verbo fecundo e lança em riste,
Outros tentaram a missão falaz:
Mas, com promessas boas e obras más,
Maior caos nos fizeram, como viste.

Tu então, ao dilúvio das palavras
Opões barreira sólida, e entretanto
A gleba acordas, e em silêncio a lavras...

E eis logo o prado em flor, o oiro das messes!
Quem és tu, Salazar, ou mago ou santo,
Que assim nos ressuscitas e engrandeces?...

II
Na solitária cela, quantas vezes,
Em horas de incerteza natural,
A ti próprio dirás: Mas, afinal,
Que esperavam de mim os Portugueses?

Eram mudos e moles como reses
Passivos para o bem e para o mal,
Sem vontade, nem fé, nem ideal,
Sempre a temer desgraças e reveses...

Mas, de repente, alto clamor se eleva
No estagnado silêncio. É claridade,
Qual de Aleluia sucedendo à Treva.

São, renascentes da ancestral raiz,
Hostes da Legião, da Mocidade,
Novos cruzados com a cruz de Aviz!

III
Agora já se pode, já se deve,
Acreditar de novo em Portugal.
Deu-se o prodígio sobrenatural:
Outro sol derreteu a antiga neve!

É Deus que para nós direito escreve
Por árduas linhas, e que um Parsifal,
Puro, intangível, portador do Graal,
Manda a salvar-nos em futuro breve.

De tronco Salazar brotam milhares
De ignotos mas fecundos Salazares,
Cresce e floresce a Pátria ainda uma vez.

E, enjeitando as escuras profecias,
Digamos todos — como em longes dias —:
Que honra e glória nascer-se Português!

Alberto Oliveira
(In «Poemas de Itália e outros poemas», págs.39/40/41, Empresa Nacional de Publicidade, 1939

A importância de uma mudança cultural


 A candidata a governar Madrid pelo PP, partido que desempenha em Espanha sensivelmente a mesma função do nosso PSD, pode emitir esta proclamação desafiadora: quanto te chamam fascista é porque estás a agir bem! Repare-se que se o faz é porque pensa que esta postura lhe traz vantagens políticas. Parece-me essencial sublinhar este facto, que implica uma enorme mudança ao nível das estruturas mentais generalizadas. Em Portugal um político que fizesse esta declaração seria trucidado no espaço público e na arena política, sem hipóteses de se levantar. Fosse quem fosse. Em Espanha isto já é possível. O antifascismo está tão gasto e desacreditado e as pessoas estão tão fartas dele que já é vantajoso usá-lo para obter o efeito contrário. É a cabeça de lista do PP, não é do VOX nem de nenhum grupelho extraparlamentar. Note-se que em Espanha nada é fácil para a direita, ao contrário do que se poderia precipitadamente pensar. Mas a direita já conseguiu esta libertação da linguagem e das mentalidades, este romper dos diques e dos bloqueios que desequilibravam todo o combate político. Esta desinibição é fundamental. Temos que trabalhar muito em Portugal para alcançar esta ausência de condicionamentos. No dia em que a banalização dos termos e a normalização dos conceitos permitir simplesmente encolher os ombros e passar à frente com um sorriso perante a acusação de fascista (sim, e daí?) estará consumada uma relevantíssima alteração da cultura política das massas.

domingo, março 14, 2021

CONTRA CORRENTE - ler é o melhor remédio




 A Colecção Contra-Corrente é uma livraria online. Um catálogo original e diversificado. 

Também no facebook 

Contra-Corrente é um projecto livreiro autónomo que tem por fito promover o lançamento de livros que os leitores não encontrarão no chamado circuito comercial.   

O LIVRO É A ESPADA DO ESPÍRITO


 Muitos livros, é nas Edições Réquila   Também no facebook 

Não deixem de visitar, agora que as livrarias são virtuais.

sexta-feira, março 12, 2021

CHEGA? OU NÃO CHEGA?


Não costumo fazer aqui análises sobre partidos e movimentos políticos concretos porque em regra os leitores que lhes são afectos reagem como se lhes cuspissem na sopa ou batessem na mãe.

Por mais objectivos e serenos que tentemos ser, o resultado é sempre esse. E assim não há análise que valha a pena.
Hoje vou abrir uma breve excepção e partilhar algumas reflexões sobre o CHEGA e o futuro.
Antes do mais, impõe-se dizer que o futuro ninguém o conhece - e por isso quem quiser acertar nas previsões é melhor esperar e fazê-las depois.
Navegamos pois num mar de incertezas. Mas o que podemos esperar do novo partido político CHEGA?
Como se pode observar na restante Europa, existe potencial para uma efectiva implantação no mapa político nacional, com um papel fulcral nos desenvolvimentos do nosso xadrez político.
Que isso não é um perigo para coisa nenhuma, no que ao essencial do regime diz respeito, também parece óbvio. Nem o CHEGA nem os seus congéneres apresentam qualquer perigo para os regimes onde se movimentam, nem pretendem isso. Só os histéricos propagandistas da esquerda precisam de agitar esse espantalho, por conveniência própria.
Dito isto, que se refere a um potencial, é preciso dizer também que o Chega é ainda uma criança, e vai ter que sofrer muito.
Da mesma forma que nas eleições mais recentes causou um clamor generalizado sobre o seu crescimento (clamor de alarme para uns, clamor de euforia para outros) também tem que contar com os momentos em que o clamor geral vai ser no sentido contrário, que o Chega sofreu uma pesada derrota, que afinal se esvaziou tão depressa como cresceu, que dificilmente sobreviverá, etc.
Serão essas provações a ditar o seu futuro, e não apenas o potencial. Serão os seus militantes capazes de enfrentar e superar esses testes?
Não sei. Por vezes tenho a sensação que o deslumbramento fácil, a falta de experiência política, mesmo a falta de preparação, de mistura com alguma instabilidade psicológica, podem perfeitamente fazer perigar o que já alcançaram.
E por outro lado resta por conhecer a própria solidez e consistência do líder, que em grande medida continua a aparecer como um homem só (confesso que para mim o AV continua a ser um desconhecido e uma incógnita, não sei o que ele vale e parece-me que os verdadeiros testes ainda estão para vir).
Pensemos nas próximas eleições autárquicas. Entre as diversas eleições são as piores para o Chega. São aquelas em que mais conta a falta de organização e implantação a nível local, que os partidos instalados possuem por força de um mundo de ligações já antigo, por mais em crise que se apresentem.
As eleições autárquicas têm tudo para representar um momento espinhoso na trajectória do Chega, muito provavelmente uma derrota no caminho.
Se o contrário acontecer, será uma enorme surpresa. Uma vitória, no jogo das probabilidades.

CONTRA A CHORAMINGUICE E OS EMPATAS, PELO DESENVOLVIMENTO DO ALENTEJO

Estive a ler no Público uma notícia muito alarmista onde se expunham grandes preocupações porque depois do olival e do amendoal agora multiplicam-se as centrais fotovoltaicas no Alentejo, informando que na maioria dos concelhos do interior alentejano já foram instaladas ou está atribuída licença de exploração para novas centrais solares em áreas protegidas ou agrícolas.

Importa dizer que o olival e o amendoal, a par da produção de vinho e cortiça, são por estes anos as culturas de sucesso no Alentejo.


E que as centrais fotovoltaicas são um investimento que se apresenta com muito potencial, pelo que precisamos é de iniciativas dessas.

Este tipo de reportagens resultam de um imobilismo e de um negativismo permanente, que tão depressa se queixa de que nada se faz como grita contra tudo o que se faz.

É preciso lembrar que até a barragem de Alqueva, e todo o conjunto de barragens do plano de rega do Alentejo, teve que fazer-se contra as críticas permanentes dos meios pseudo-ambientalistas.

O que seria hoje do Alentejo se esses pontos de vista tivessem prevalecido?
Repare-se que mesmo as culturas cerealíferas tradicionais não escapavam às críticas, porque causam a erosão de terras pobres e são causa de desertificação futura (a campanha do trigo foi um horror segundo os sábios ambientalistas).
Mas a criação extensiva de gado, para produção de carne, também não pode ser, por causa da "pegada ecológica" e dos impactos negativos.
Impõe-se perguntar o que se poderá então fazer cá? Nada? Para sempre? Estamos condenados a ser reserva de indígenas (de caça não, porque também não pode ser).
Parece-me realmente que o mais acertado é mandá-los a todos para um lugar bem longe...

quarta-feira, março 10, 2021

FRAUDES DO AMBIENTALISMO

Um famoso militante da causa ambientalista, Michael Shellenberger, faz sensação com este livro.
Vem desmistificar o alarmismo com pretextos ambientalistas: afinal, o apocalipse não está à vista.
Diz que o alarmismo dá poder e dinheiro, e alguns resolveram explorar esse filão.
Nada que não se soubesse já, mas é bom que o diga.

 

ANDY NGO

 A journalist who's been attacked by Antifa writes a deeply researched and reported account of the group's history and tactics.


 

Libertem‑nos do Feminismo!


 

 
"Tal como o anti‑racismo – invenção de racismos – usa, oprime e condena à pobreza e à marginalidade as minorias que diz defender, tal como o islamismo devasta território onde entre, tal como a execração da sexualidade heterossexual viola a natureza humana –, o novo femi­nismo não liberta mas oprime antes de mais as mulheres. Escola de embrutecimento, o neofeminismo é uma das últimas grandes narrati­vas dos órfãos do totalitarismo.
Se o feminismo nos anos 70 do séc. xx era um movimento de eman­cipação libertador, conquista justíssima de igualdade de direitos, hoje, na exportada versão norte‑americana que domina a França e grassa entre nós, não é mais do que uma máquina de vigiar e punir, e infanti­lizar, tentativa delirante de bestialização e lapidação cultural.
Criminalização do desejo masculino, guerra de sexos, neopuritanis­mo, depuração cultural das grandes criações na literatura e nas artes, política de dois pesos e duas medidas quando se trata dos homens muçulmanos, que, esses, escravizam as mulheres na nossa Europa, o novo feminismo constitui hoje sobretudo para as mulheres um inimigo que é imperativo vencerem se não quiserem tornar‑se apátridas na sua própria terra, oprimidas pelo delírio da ideologia feminista.
Libertem‑nos do Feminismo! é um livro lapidar, de grande coragem num meio hostil às liberdades, em que a filósofa Bérénice Levet expli­ca e prova como a «causa das mulheres» não passa de um disfarce. Na verdade este neofeminismo trabalha para a desconstrução do nos­so modelo de civilização. Levet convida as mulheres a erguerem‑se, a revoltarem‑se contra os novos Robespierres que se odeiam a eles pró­prios e querem roubar à mulher a alegria de o ser, o jogo da sedução, o que as distingue, a sua natureza e liberdade."

terça-feira, março 09, 2021

BOCAGE E O POLITICAMENTE CORRECTO


Em tempos a esquerda literária parecia gostar muito de Bocage. Ficava fascinada pela liberdade, e mesmo a libertinagem, atribuídos ao poeta.

Agora, perante as modas ditadas pelo politicamente correcto, não sei como será. Com efeito, com os critérios hoje vulgarizados, o grande poeta sadino não se safa do banimento. 

Lendo toda a poesia erótica e satírica ressalta um insuportável machismo, ultramachismo. A cada passo ele mostra e diz para que servem as mulheres, na vertente mais utilitária e pragmática. Soma-se que para além do machismo sofria de indisfarçado racismo. Basta ler as repetidas investidas contra Caldas Barbosa, apelidado de "neto da rainha Ginga", ou os gozados versos ao preto Ribeiro, o garanhão setubalense. E mesmo na homofobia se distinguiu o Elmano Sadino: até no início da Ribeirada brinca com o deus Príapo, que segundo ele era fanchono e aproveitou o sono do preto Ribeiro para, guloso, lhe agarrar o mangalho.

Coitado do Manuel Maria, parece-me irrecuperável. Branco, machista, racista e homofóbico. É muito divertido este exercício, de calcular até onde as modas podem chegar. 

sábado, março 06, 2021

Colecção Contra-Corrente


 No momento em que em Portugal uma certa esquerda incita ao derrube de monumentos, que pretende rescrever o passado histórico com as lentes do presente, importa perceber que existe uma escola de pensamento por trás dessas iniciativas.
Este livro explica quem são, em quem se inspiram, o que pretendem, os protagonistas deste talibanismo esquerdista.
P.V.P. 10€
Pedidos podem ser feitos através de e-mail: distronr@gmail.com, ou ainda por telefone: 930 673 766

sexta-feira, março 05, 2021

LEGIÃO VERTICAL

 Notável persistência e perseverança tem sido a que se constata na Legião Vertical. Constitui hoje o mais valioso repositório de material bibliográfico (revistas, livros, textos) na linha tradicionalista inspirada em Julius Evola. Merece aplauso.



quarta-feira, março 03, 2021

Cristo na Paixão


 Pintura de Herbert Smagon