o sexo dos anjos
Um blogue às direitas em tempos sinistros
sexta-feira, junho 30, 2006
Últimas
Os 70 anos da Guerra Civil de Espanha
Vem a propósito recordar a História, até porque muita da violência e do radicalismo desse confronto resultou da sua essencialidade para a expansão do comunismo, até então invencível e, tudo fazia crer, irresistível.
A derrota do comunismo em Espanha, a primeira sofrida por esse grande mal do século, até aí imparável, constituiu um marco na história universal.
Procurando uma visão global dos acontecimentos, afigura-se que o comunismo internacional só veio a deparar com derrotas de alcance estratégico comparável a esse em 1964 na Indonésia, que lhe frustrou definitivamente as possibilidades de expansão em todo a Ásia Insular e Oceania, e em 1973 no Chile, que assinalou definitivamente o malogro dos projectos de comunização das Américas do Sul e Central.
E, não será despropósito lembrar, também o fracasso ocorrido em Portugal em 1975 (ano em que curiosamente se verificam os últimos grandes triunfos do movimento comunista, designadamente Vietname e África Portuguesa, que lhe permitiram uma derradeira manifestação de vitalidade) o qual veio a selar o destino do movimento na Europa, de que os acontecimentos da derrocada de 1989 foram a expressão definitiva - vindo a ser ao mesmo tempo a vacina de que Kissinger falou e uma espécie de antibiótico poderoso.
The lost film
quinta-feira, junho 29, 2006
Revistas
Depois da Nova Vaga, nova edição da Atlântico.
E aguarda-se novo número da Futuro Presente.
Que mais estará para acontecer?
quarta-feira, junho 28, 2006
Nova Democracia e Nova Vaga (tudo novo, sem vergonha nem complexos e com muita honra)
A indisciplina escolar
Sobre a questão da indisciplina nas escolas publicou Fátima Bonifácio um veemente e indignado artigo no "Público" de sexta-feira passada. Escolas transformadas naquilo a que ela chama "depósitos de delinquentes", professores (e sobretudo professoras) insultados e agredidos, alunos normais aterrorizados, tudo isto, mais a ausência de elementares medidas de vigilância, polícia e sanção, está a criar uma situação explosiva no ensino.
terça-feira, junho 27, 2006
A tirania mediática
Porque vivemos no tempo da tirania mediática e esta impõe as suas regras, a sua grelha interpretativa sobre os acontecimentos, a ditadura do instante, da emoção, da imagem, do espectacular, o dossier "La tyrannie médiatique" lançado por POLÉMIA constitui um trabalho do maior interesse e actualidade.
La tyrannie médiatique, en pdf
No Palácio da Independência
No mesmo dia 29 de Junho às 18 horas, no Salão Nobre, terá lugar o lançamento do livro "Salazar e a Rainha (Rainha D.ª Amélia)", do Prof. Doutor Amaro Monteiro, Editora Prefácio, com apresentação a cargo do Dr. Carlos Pinto Coelho.
Só mais uma pergunta a propósito da "pensão antifascista"
Se eu me converter, não tenho direito a nada?
Ainda o caso da "pensão extra para antifascistas"
Idealismo a tanto por mês
Um dos contemplados é José Casanova, director do "Avante", que tem pensão desde Junho de 2005. O mais recente pensionista, com direito a 600 euros/mês, é um dirigente da CGTP.
segunda-feira, junho 26, 2006
Linkaram-me!
sábado, junho 24, 2006
A procriação medicamente assistida
sexta-feira, junho 23, 2006
Feira de São João
quinta-feira, junho 22, 2006
Universidade de Évora homenageia Manuel Ferreira Patrício
As guerras liberais
Aos estudantes de Lisboa
quarta-feira, junho 21, 2006
O cair das máscaras
Bandeira e hino
terça-feira, junho 20, 2006
Um triunfo da blogosfera
O mérito pertence inteirinho a quem o escreveu, o Bruno, e a quem o editou - a Antília Editora. Mas que representa um triunfo da blogosfera, isso também é verdade.
Não esqueçam: o pequeno livro laranja é de leitura obrigatória!
"O Diabo" pela manhã
"A esquerda tem um problema. É que tem uma base social de apoio que, de certo modo, triunfou entre o aparelho de Estado e tornou-se conservadora. Hoje, a esquerda tem a ver, basicamente, com o que pode obter do aparelho de Estado e das políticas públicas e está menos preocupada com a liberdade e mais preocupada com os interesses imediatos. E depende, em boa parte, daquilo que recebe ou não do Orçamento do Estado. (...) Historicamente, aquilo que hoje resta da esquerda são grupos que estão sempre próximos do aparelho de Estado. É o que sobra dos sindicatos, é uma esquerda das transferências, daquilo que pode obter e que está muito ligada à despesa pública. E essa é a sua tragédia hoje. Há que reduzir a despesa pública e isso deixa a esquerda quase sem programa".
segunda-feira, junho 19, 2006
Mário Saa
Eu aplaudo, a mãos ambas, e associo-me às homenagens ao vulto singular de homem de cultura que Mário Saa efectivamente foi.
Deixo três pedidos:
A todos os leitores, que vão à Imprensa Nacional e que se armem do livrinho, “Mário Saa – Poesia e alguma prosa”, antes que esgote.
Aos patrícios do Ervedal, que não esqueçam Mário Saa e - já que estão em maré de homenagens - que se lembrem de Antunes Varela, o outro grande português que a aldeia viu nascer no século que passou.
Aos meus colegas dos Antigos Alunos do Liceu Nacional de Évora: coloquem lá na lista dos Antigos Alunos os nomes de Mário Paes da Cunha e Sá e de João de Matos Antunes Varela - ou têm alguma antipatia pelos do Ervedal?
Ei-los que partem
Um herói português
Terras do Nunca
American Vertigo
domingo, junho 18, 2006
Eutanásia e aborto
De igual modo, não é arriscado prever a propaganda que se fará para conseguir uma aceitação gradual da eutanásia, apresentada como uma "conquista" do estilo de vida contemporâneo, com vista a suprimir as crianças deficientes que não podem apreciar a "qualidade de vida" e que supõem uma carga para a sociedade. O mesmo argumento poderá aplicar-se aos doentes incuráveis e aos velhos.
Na realidade, existe uma relação muito íntima entre a eutanásia e o aborto: os motivos que se apresentam para justificar o aborto e a eutanásia são essencialmente os mesmos. Se se permite a uma mãe eliminar o filho nas suas entranhas por razões psíquicas ou económicas, que razão de peso se poderá invocar para impedir que elimine o filho que nasceu deficiente?
Nos nossos dias, estão a colocar-se de novo os fundamentos de uma "cultura da morte". Os historiadores do futuro ficarão certamente surpreendidos com o desprezo pela vida humana que se manifesta na nossa época. Combate-se contra a vida em todos os seus estádios: antes que surja, com a contracepção e a esterilização; no ventre materno, com o aborto; depois, com o suicídio e a eutanásia activa.
Este desprezo pela vida humana tem sido sustentado por personalidades políticas de primeiro plano, como Jacques Attali, conselheiro de François Mitterrand e autor das seguintes propostas:
"Penso que, na lógica do sistema industrial em que vivemos, a longevidade não deve ser uma meta. Quando o homem ultrapassa os 60-65 anos, vive para além da idade produtiva e custa demasiado à Sociedade...
"Pessoalmente e como socialista, considero um falso problema o alongamento da vida... A eutanásia será um dos instrumentos essenciais nas sociedades do futuro, seja qual for a ideologia a que pertençam. Dentro de uma lógica socialista, o problema põe-se assim: o socialismo é liberdade, e a liberdade fundamental é o suicídio; portanto, o direito ao suicídio, directo ou indirecto, é um valor absoluto neste tipo de sociedade. Penso, pois, que a eutanásia - como tipo de liberdade, ou por necessidade económica - será uma das regras da sociedade do futuro" (1).
Como aconteceu com o aborto, a eutanásia está a infiltrar-se na nossa Cultura. Muitos homens do nosso tempo não acreditam na vida e preocupam-se exclusivamente com o seu "nível de vida". Daí, a rejeição da nova vida (menos crianças, ou até nenhuma criança) e a possibilidade de suprimir os doentes e os velhos, improdutivos e onerosos. Estes, serão em proporção cada vez mais numerosos, dado o baixo índice de natalidade; e, quando o aumento das classes passivas e a diminuição da população trabalhadora fizer com que o peso social dos anciãos cresça progressivamente, não haverá então uma razão mais para justificar a eutanásia?
(1) ATTALI, J., Le médecin en accusation, artigo publicado em "L'avenir de la vie" (Seghers, Paris, 1981) págs. 273-275.
(Fernando Monge, Eutanásia, Edições Prumo, 1991)
sábado, junho 17, 2006
sexta-feira, junho 16, 2006
quinta-feira, junho 15, 2006
NOSSOS PRINCÍPIOS
Em outras palavras, a organicidade de uma cidade verdadeiramente humana, tem base na célula familiar, na constituição sadia e estável da instituição familiar. Os erros estruturais que podem afligir uma sociedade são dois: um da dissolução individualista (erro do liberalismo burguês) outro da absorção dos direitos da família pelo Estado (erro do totalitarismo).
A dureza cristalina da família, a nitidez estável de seus contornos é condição essencial de uma sociedade verdadeiramente humana. Daí nossa repulsa pelo divórcio, à luz da razão natural antes mesmo da iluminação da fé. O divórcio é uma reivindicação individualista, anti-social, e por conseguinte anti-humana. O divórcio, como reivindicação individualista, é essencialmente um erro corolário do erro mais geral do liberalismo; mas é também um erro utilizado pelo totalitarismo, apesar da aparente contradição, porque o totalitarismo aparece (como a história o demonstrou) como uma contraditória conseqüência do liberalismo. Em relação à família os dois erros sociais se encontram com a mesma maléfica eficácia; ambos procuram destruir a estabilidade familiar e a indissolubilidade do vínculo; ambos ferem a lei natural do mesmo modo, embora por motivos e em perspectivas históricas diferentes.
2. Um outro princípio, que tiramos de Santo Agostinho na "Cidade de Deus", diz que uma cidade de homens só é verdadeiramente humana quando respira justiça. Fora dessa condição nós teremos um aglomerado de brutos e não uma cidade humana feita à semelhança de Deus. Do mesmo Aristóteles e de Santo Tomás tiramos o conceito derivado de amizade cívica (amicitia), virtude anexa da justiça, virtude essencial, oxigênio vital para o clima de uma cidade verdadeiramente humana.
3. Ora, esses dois princípios são conexos, porque a família, a casa da família é, ou deve ser, o lugar onde se exercita a amizade cívica, o lugar onde se destila, o lugar adequado onde se prepara o elemento essencial ao bom clima humano da cidade. Esse será o nosso terceiro princípio: a família é o lugar adequado para a germinação da justiça; é a fonte da amizade cívica.
4. Avancemos mais um passo. Na situação concreta do mundo, isto é, no caso concreto de uma humanidade decaída e redimida, o problema moral da cidade, mesmo considerado sob o ângulo temporal, deve ser colocado em sub-alternação aos preceitos divinos revelados, ou como diz Maritain, deve ser colocado em termos de uma moral "adequatement prise".
Nessa nova perspectiva ganha singular realce o papel que desempenham as famílias cristãs. Já não se trata somente de estruturar a sociedade com células normais que resistam à lepra do liberalismo ou ao câncer do totalitarismo; trata-se agora de uma regulação muito mais profunda, de uma atuação mais intensa em que a qualidade domina a quantidade.
Eu diria agora, com mais esse dado concreto da verdadeira condição humana, que uma sociedade humana será medida pelo grau de heroísmo de suas famílias cristãs. E esse é o nosso quarto princípio, que apenas traduza, aplicando-as ao problema da estrutura social, as palavras evangélicas tão conhecidas e tão pouco seguidas: "Vós sois o sal da terra".
5. Dirigindo agora a nossa atenção para a concretíssima conjuntura, isto é, pensando no mundo em que vivemos, no momento histórico que atravessamos, eu estenderia aos outros grupos — associações, escolas, sindicatos — o que disse até aqui da família. E aplicaria a esses grupos, proporções guardadas, os mesmos princípios que acabamos de considerar. E por conseguinte, aplicaria aos movimentos católicos — isto é, às associações fundadas com especificação temporal — as mesmas conclusões. E diria assim: a sorte das sociedades depende do grau de heroísmo (de autêntico heroísmo cristão) dos movimentos católicos.
Ainda mais, diria que esses movimentos, pelo seu caráter excepcionalmente militante, devem levar ainda mais longe do que qualquer outra instituição cristã o grau de heroísmo necessário à salvação do mundo. Parodiando Winston Churchill, que traduziu a seu modo inglês as palavras de Cristo, eu direi que nunca, na história do mundo, tantos dependeram tanto de tão poucos. E é essa desproporção que nos deve dar a medida do que Deus espera de nós.
6. O nosso sexto princípio tem nexo estreito com o anterior. Se os movimentos católicos, para atuarem no mundo, precisam de uma forte dose de heroísmo cristão, concluímos que devem ter uma base de espiritualidade de onde lhes venha essa força de sobrenatural fecundidade para estímulo e vitalização de suas tarefas de ordem temporal e profana.
Não se trata de trazer para a tarefa especificada por objeto de ordem natural as virtudes infusas que têm por objeto a salvação e a a vida eterna; mas de trazer para a atuação no mundo um grau de liberdade, uma força de heroísmo que só o evangelho pode dar. Em outras palavras nós diremos que só pode atuar no mundo quem puder afirmar praticamente, efetivamente, a transcendência do homem sobre o mundo. Ou ainda: só pode haver obra social, com interesse fervoroso, para quem tiver cursado a escola evangélica do desapego. E esse é o nosso sexto princípio, de capital importância para os movimentos católicos.
(Gustavo Corção, in "A Espiritualidade dos Movimentos Católicos"
quarta-feira, junho 14, 2006
Dossier Timor
Excelente reportagem sobre Timor no Velho da Montanha.
A ler também o Duas Cidades e o Completamente a Leste, e ainda:
Timor Online
Blog de Timor
Timor Verdade
terça-feira, junho 13, 2006
Código Deontológico
Um novo herói para a esquerda BA/BE
"O Diabo" pela manhã
segunda-feira, junho 12, 2006
O tempo das revistas
Atente-se na Atlântico, no Futuro Presente, na Nova Vaga.
Será um regresso ao pensamento?
domingo, junho 11, 2006
Paulo Borges
Saudoso amigo filósofo... "Optou pela via budista tibetana para procurar o Infinito que sente em si, em todos os seres e coisas..."
Terá terminado a Demanda? Encontrou o Graal?
sábado, junho 10, 2006
Correio de Dili
Nouvelle École
Alain de Benoist, Tarmo Kunnas, Michel d'Urance, escrevem sobre o autor.
Na passada, assinala-se o centenário de Hannah Arendt.
Será mesmo a melhor revista do mundo?
Em Arcos de Valdevez
10 de Junho, no Porto
O Dia de Portugal será também assinalado no Porto por elementos da "Comissão Nacionalista Independente" e da "Terra Identidade Resistência", que organizam pelas 15.30 do dia 10 de Junho, sábado, na Praça dos Poveiros, no Porto, um acto de afirmação patriótica que consistirá num desfile comemorativo da data.
sexta-feira, junho 09, 2006
Dia de Portugal
As cerimónias terão lugar junto ao Monumento aos Combatentes do Ultramar, em Lisboa (Belém) e têm por objectivo comemorar o Dia de Portugal e prestar homenagem àqueles que caíram pela Pátria.
Pretende-se a comparência de todos:
- 10H15: Missa no Mosteiro dos Jerónimos com terno de clarins e coro da GNR;
- 11H15: Concentração junto ao Monumento;
- 12H00: Discurso alusivo pelo Dr. Paulo Teixeira Pinto;
- 12h20: Homenagem aos mortos e deposição de flores;
- 12H45: Hino Nacional tocado pela Banda do Exército e cantado por Rita Guerra;
- 12H50: Passagem de meios aéreos da FAP;
- 13H00: Salto de pára-quedistas;
- 13h15: Almoço-convívio (pode ser adquirido no local).
Citação do dia
No Dia de Portugal, que alguns nos quiseram negar como feriado, é triste pensar nos que não sentem qualquer Pátria a guiar-lhes os passos. Assim como é tristíssimo observar os que só olham a Pátria nos papelitos coloridos, na charanga e no bailarico.
quinta-feira, junho 08, 2006
Me ne frego
Me ne frego non so se ben mi spiego
Me ne frego con quel che piace a me
Me ne frego non so se ben mi spiego
Me ne frego con quel che piace a me...
A música mudou: o Galop Infernal deu lugar a Me ne frego.
Hoje estou assim. Se algum leitor caridoso quiser ter a bondade de traduzir para os curiosos...
Me ne frego...
Cartas inéditas de Agostinho da Silva
O livro «Viva a República, Viva o Rei - Cartas Inéditas de Agostinho da Silva», de Teresa Sabugosa, será lançado pela Editora Zéfiro na Feira do Livro de Lisboa.
Que fizeram do Latim e do Grego?
Desta forma, os responsáveis políticos arriscam-se a privar os jovens portugueses da possibilidade de conhecer as raízes comuns da identidade nacional e europeia e dos valores que constituem a génese do património cultural, ético e cívico ocidental, renegando as próprias raízes greco-latinas de uma concepção nobre da política e da sociedade.
Fascismo
Timor
Quem acertou em cheio, antes de qualquer outro, foi o nosso amigo Engenheiro. Leia-se O estranho caso de Timor. Pobres timorenses.
Perspectivas para uma Nova Escola?
No próximo dia 9 de Junho, pelas 18 horas, o estimado bloguista Carlos Araújo Alves irá proferir , na Galeria Fernando Pessoa do CENTRO NACIONAL de CULTURA, na Rua António Maria Cardoso, 68 (ao Chiado), em Lisboa, uma conferência sob o título «Perspectivas para uma Nova Escola - os desafios da sociedade digital global».
Alertam-se os interessados no tema, para comparência no Centro Nacional de Cultura.
quarta-feira, junho 07, 2006
Estado-Nação
Se assim for, a crise estará porém limitada aos que já têm - porque entre os que não têm a ideia nunca mostrou tanta vitalidade. Mesmo na Velha Europa, quem não tem agita-se porque também quer ter. No Montenegro ou na Catalunha, o conceito faz boa carreira.
E por esse vasto mundo nem é bom falar: de Timor à Bolívia, de Moçambique ao Iraque, o problema essencial é erguer um Estado e construir uma Nação.
Só entre os velhos estados-nação, esquecidos já do que custaram, esses valores são pouco apreciados.
Trata-se de bens que por cá se apresentam banais e desvalorizados, mas na esmagadora maioria dos lugares são invejados, desejados, disputados, arduamente edificados - sob pena de fracasso na mera concretização de sociedades sustentáveis.
terça-feira, junho 06, 2006
Timor e o Estado: apontamento de Ciência Política
No caso, tudo indica que se a sociedade e o povo timorenses fracassarem na dura tarefa de edificação de uma Nação e um Estado (o que se situa no domínio do difícil, não estando certamente nos dados da natureza) o que de imediato se instalará ali será o quadro clássico hobbesiano: bellum omnium contra omnes, a guerra de todos contra todos - descendo dos livros para o terreno da vida.
Depois, como se aprende na física, funcionará o horror ao vazio: a ausência será inevitavelmente preenchida pelo poder que se apresentar em condições de o fazer.
Um poder inevitavelmente estatal, protagonizado por um dos dois grandes vizinhos (não há muitas escolhas). Afastada a Indonésia, a tutela recairá na Austrália.
Vendo bem, há razões para pensar que só mesmo teóricos europeus, falando de barriga cheia, podem encarar o Estado como um apetrecho artificial e dispensável.
Por cá, o que se discute, bem vistas as coisas, são sempre as funções e as dimensões do Estado. O essencial está adquirido.
Mas lá, onde um Estado é ainda uma meta distante e nada garantida - e se apresenta angustiosamente como um pressuposto de tudo o resto, a paz, o pão, a habitação, a segurança, a ordem mínima necessária à vida das gentes - não há dúvida que quem surge como absolutamente artificial e dispensável são os teóricos que por aqui peroram sobre a inutilidade do Estado.
segunda-feira, junho 05, 2006
Orfeu no Inferno
Cantam, em coro, Plutão, Júpiter, Vénus e Eurídice - nada menos!
Muitos anos depois, em 1938, Manuel Rosenthal aproveitaria uns acordes para fazer a partir disto um dos trechos musicais mais universalmente tocados e ouvidos, o "french cancan" que foi lançado então no Moulin Rouge.
Não sei explicar bem, mas sinto que tem algo a ver com os tempos que correm - Galope Infernal, do "Orfeu no Inferno".
Novamente as assinaturas da folha de presenças na Assembleia
Diz o Correio da Manhã que:
"Queres que assine por ti a folha de presenças? Ascenso"
Esta mensagem escrita foi enviada, na tarde de 23 de Abril de 2003, pelo actual secretário de Estado da Administração Interna, Ascenso Simões, ao então colega da bancada parlamentar socialista Paulo Pedroso.
O registo consta de um exame pericial da Polícia Judiciária ao telemóvel de Pedroso.
Segundo os serviços da Assembleia da República (AR), “o sr. deputado Paulo Pedroso esteve presente na reunião plenária de 23 de Abril de 2003”.
Um polemista à moda antiga
domingo, junho 04, 2006
13.º Encontro Nacional de Combatentes
sábado, junho 03, 2006
A direita a pensar e a direita no poder
sexta-feira, junho 02, 2006
Começo a acreditar na evolução!
"A escola não precisa de psicólogos, nem de psiquiatras: precisa de um código disciplinar e de uma guarda que o execute"
(Vasco Pulido Valente, PÚBLICO, 2-06-2006)
A ocultação ideológica do real
Educação: insistir num modelo sem futuro?
Um artigo bem inspirado, de Maria José Nogueira Pinto, hoje no DN:
quinta-feira, junho 01, 2006
Seu reaccionário!
Eduardo Prado Coelho, PÚBLICO, 1-06-2006.